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quinta-feira, 3 de maio de 2018

SETE GOVERNADORES PODEM FORMAR REDE DEMOCRÁTICA DE TV E RÁDIO


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Brizola governador do Rio Grande do Sul em 1961, sem ter satélite e com apenas uma rádio nas mãos, criou a Rede da Legalidade em defesa da Democracia. Em apenas uma semana, a Rede contava já com a adesão de 150 rádios em todo o país. E conseguiu derrotar o golpe e assegurar a posse do presidente João Goulart.
Beto Almeida*
Os governadores progressistas de sete estados têm em suas mãos a possibilidade de formar uma rede democrática de comunicação para, com o uso de satélite, fazer um jornalismo que respeite a Constituição e defenda a recuperação da democracia, denunciando todo entreguismo antipatriótico do governo Temer. E isso significa também, defender a liberdade de Lula.
Há várias tvs e rádios educativas, com sinal em satélite, que poderiam atuar de forma coordenada e em rede, praticando um jornalismo sintonizado com a verdade e com os princípios inscritos na Constituição, diariamente violados pela mídia comercial. A esquerda deixou escapar diversas oportunidades preciosas para fortalecer a mídia pública, democratizar a comunicação, obrigando a Globo a respeitar a Constituição. Porém, preferiu a insanidade de favorecê-la com montanhas de recursos públicos, que a Globo usou para derrubar o governo Dilma, perseguir o PT, destruir a CLT e entregar riquezas nacionais.
Existem hoje pelo menos 20 milhões de antenas  parabólicas no Brasil, que podem dar ampla difusão a um jornalismo e programação desta rede alternativa ao jornalismo golpista da Rede Globo. Isto já está em mãos dos governadores progressista, não é preciso aprovar nenhuma lei nova! Mas, para isso é preciso ter determinação

histórica, tal como fez o governador Leonel Brizola (Foto)em 1961, sem ter satélite e com apenas uma rádio nas mãos, montando a Rede da Legalidade em defesa da Democracia. Em apenas uma semana, a Rede contava já com a adesão de 150 rádios em todo o país. E conseguiu derrotar o golpe e assegurar a posse do presidente João Goulart.
Esta proposta,  já apresentada no Encontro Nacional do FNDC no ano passado, na UnB, e que vem sendo defendida pelo Jornal Brasil Popular há mais de ano, se implementada,  poderia já ter criado uma disputa democrática de narrativas sobre os desastres que o golpismo de Temer tem causado ao Brasil. Além do que, poderia informar à sociedade, com o uso de tvs abertas e por parabólicas, sobre a perseguição ilegal que levou o Presidente Lula a ser preso injustamente, numa condenação montada diretamente   pela Rede Globo, que sempre hostilizou e condenou o ex-presidente, confundindo e desinformando os brasileiros
As tvs e as rádios já estão em mãos dos governadores progressistas e a formação desta rede, com uma programação libertadora e educativa depende de unidade das forças progressistas, decisiva agora e sempre, para convocar o povo brasileiro à luta pela libertação de Lula e pela retomada do processo de distribuição de renda e justiça social, que ele representa. A formação desta rede agora, depende apenas de decisão política, pois é prerrogativa dos governadores orientar a comunicação nas tvs e rádios Educativas. A gravidade do momento exige atitudes de coragem! Basta de lamúrias e sociologismo paralisante sobre comunicação. E é muito mais consequente e prática que convocar um improvável boicote à TV Globo.
Menos de dez famílias-empresas controlam 70% da mídia no Brasil. Três têm maior peso: a família Marinho (Rede Globo) tem 38,7% do mercado, o bispo da Igreja Universal Edir Macedo (maior acionista da Rede Record), tem16,2% e Silvio Santos (SBT) 13,4%. A família Marinho também é proprietária de emissoras de rádio, jornais e revistas (propriedade cruzada) Há 33 redes de TV identificadas no País, 24 delas estão sediadas em São Paulo. Famílias ligadas a políticos estão no comando de grupos de mídia. Levantamento mostra que 271 políticos são ligados direta ou indiretamente a redes de TV e suas afiliadas.
*Beto Almeida é um dos fundadores de Pátria Latina

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