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terça-feira, 31 de julho de 2012

Olimpíadas 'humilham' países mais pobres, afirma analista




Queniana Vivian Cheruiyot, corre com colegas: seu país é destaque no atletismo

Longe de ser um espaço democrático, em que todos podem competir em condições de igualdade, as Olimpíadas fornecem uma plataforma para a "humilhação" dos países mais pobres.

A opinião é de Oscar Mwaanga, especialista em sociologia do esporte de Zâmbia entrevistado pelo repórter Farayi Mungazi, da BBC.

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"A ideia de que todos têm condições iguais para competir diz respeito a um ideal, não a uma realidade", afirma Mwaanga.

Para ele, os atletas de países mais pobres - que muitas vezes enviam apenas um ou dois representantes para as competições - ficam divididos entre as grandes expectativas de seus conterrâneos e suas limitações em função da falta de recursos para treinamento e preparação para os Jogos.

"Eles carregam as expectativas de seus países nas costas e querem acreditar que vencerão porque isso é uma questão de orgulho nacional", explica Mwaanga. "Mas no fundo cada um sabe que (sua chance de vencer) a competição está muito ligada a quantidade de recursos que recebeu. É nesse estágio que percebem a humilhação."

Mwaanga lembra que mesmo que algumas dessas nações menores e mais pobres, como Togo, Zâmbia, Quênia e Etiópia, tenham destaque em alguns esportes específicos, a desigualdade entre os países é clara no quadro geral de medalhas e no número de atletas na competição.

"Há países que têm dois atletas competindo. O que isso significa se comparamos com o número de atletas vindo dos EUA ou da China? Na realidade, a Olimpíada é um evento interessante para investigar as desigualdades globais", afirma o especialista.

"Não há igualdade (na competição) e se começarmos a prestar mais atenção nesse tipo de questão, nessas críticas, podemos abrir uma oportunidade para redefinir ou redesenhar de fato as Olimpíadas."

Mwaanga sugere que parte dos recursos arrecadados com os Jogos sejam usados para fomentar atividades esportivas em países mais pobres. Para ele, o Comitê Olímpico Internacional também precisaria tomar mais consciência sobre o problema.

"Precisamos redistribuir a riqueza acumulada com as Olimpíadas, analisando como ela pode beneficiar países menores", diz.

Fonte: BBC

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