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terça-feira, 24 de julho de 2012

Itaú lucra menos, com calotes e desaceleração do crédito



CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO 

O aumento da inadimplência e a desaceleração do crédito fizeram o lucro líquido do Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, encolher 8,3% no segundo trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 3,3 bilhões. Na comparação semestral, a queda foi de 5,6%. 

Já o lucro recorrente, que exclui ganhos e perdas extraordinárias, avançou tanto no trimestre (8,1%) como no semestre (2,5%), para R$ 3,585 e R$ 7,129 bilhões, respectivamente. 

Rogério Calderón, diretor corporativo de controladoria e relações com investidores, afirmou, durante apresentação dos resultados financeiros, que o lucro líquido recorrente "é mais significativo para o mercado", pois, por descontar eventos extraordinários, é melhor base para projeções sobre o desempenho da empresa. 

A carteira de crédito do banco cresceu 14,8% em junho, na comparação com a do mesmo período de 2011, para R$ 413,4 bilhões. O ritmo de expansão foi menor que o registrado no primeiro trimestre, quando, em março, houve expansão de 16,1% sobre o total de 12 meses antes. 

PREVISÃO MENOR DE CRÉDITO 

O banco reduziu a previsão de crescimento da carteira total de crédito este ano, de algo entre 14% e 17% para cerca de 10%. Desconsiderando o segmento de veículos, que está encolhendo, a carteira deve crescer de 13% e 15% no ano, de acordo com a instituição. 

A projeção anterior considerava expansão do PIB (Produto Interno Bruto) de 3,5% em 2012. A atual, alta de 1,9%. 

No segundo trimestre de 2012, o nicho de empresas foi o que mais contribuiu para o crescimento da carteira: avanço 15,6% em junho relação ao desempenho do mesmo mês de 2011. 

O segmento de pessoas físicas teve expansão de 8,4% e, nele, o crédito para veículos teve redução de 5,9% em junho na comparação com o de 12 meses antes. 

O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 5,2% em junho, 0,1 ponto percentual acima do registrado no mês anterior, mas 0,7 pontos percentuais na comparação com o de 12 meses antes. 

"Desconsiderando o crédito para veículos, o índice estaria em 4,7% em junho e estável desde dezembro de 2011", afirmou Calderón. 

CALOTES DE PESSOAS FÍSICAS 

O segmento de pessoas físicas foi o que mais puxou a inadimplência registrada pelo Itaú, com índice subindo de 6,7% em março para 7,3% em junho. Já o indicador do nicho de empresas teve redução de 3,7% para 3,5% no período. 

Apesar do aumento dos calotes, o banco diminuiu em 0,7% as reservas para créditos duvidosos no segundo trimestre em relação às dos primeiros três meses do ano, para R$ 5,988 bilhões. Considerando o total do primeiro semestre, no entanto, as provisões são 26,7% superiores às do mesmo período de 2011. 

"Embora as despesas com créditos duvidosos ainda continuem mais altas do que é usual, começam a se desacelerar na comparação trimestral, o que nos dá uma boa perspectiva para o futuro", disse Calderón. 

No relatório com os resultados financeiros do semestre, o banco destacou a piora, no segundo trimestre, da percepção dos riscos globais e perspectiva de menor crescimento mundial. 

PIB, INFLAÇÃO E JUROS 

No cenário doméstico, a instituição ressaltou que "a retomada da atividade econômica está demorando a ocorrer, com um ciclo de ajustes de estoques mais longo do que o esperado". O Itaú projeta que o PIB (Produto Interno Bruto) do país termine 2012 com alta de 1,9%. 

Quanto à inflação, a perspectiva do banco é que o IPCA, índice utilizado pelo governo como referência para a política de juros, encerre o ano em 4,9%. "Ficamos livres da pressão inflacionária para fins de manobras da Selic, o que pode favorecer o crescimento," disse Calderón. 

O Itaú calcula qua Selic, taxa básica de juros, caia para 7% ao ano no fim de 2012. Hoje, a taxa está em 8% ao ano. 

Calderón falou ainda sobre o cenário de queda dos juros bancários ao consumidor. 

"A redução dos spreads é o que deve acontecer, e um cenário de spreads menor e inadimplência menor é positivo para nós." 

ATIVOS TOTAIS 

Os ativos totais do banco em junho ficaram 0,9% menores do que em março, somando R$ 888,8 bilhões. Na comparação com junho de 2011, no entanto, houve alta de 12%. 

"Não é uma preocupação para nós, pois a redução foi pequena e esporádica, sem representar uma tendência de longo prazo. Nossa carteira de crédito continua crescendo", afirmou Calderón. 


Fonte: FOLHA DE SP


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