Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sobre o universo dos cavalos (dos meus arquivos)

CIRO

- O grande Rei da Pérsia (hoje Irã) possuía, além dos cavalos do exército, oitocentos garanhões reprodutores e dezesseis mil éguas de cria.

CLÂMIDE


- Capa curta e leve que era usada pelos gregos e romanos, quando montavam a cavalo.


CLAUSTROFOBIA


- (...) Finalmente, o levei para perto da parede. Apertei minhas mãos contra seu flanco, numa atitude de quem quer mantê-lo contra o muro. Imediatamente, ele saiu daquela posição dando um coice para trás: clássico sinal de claustrofobia. O que tínhamos então? Um animal que tinha boas relações com seres humanos, mas que não queria ser trancado em boxes de largada nem espremido dentro de vans. Quando isso acontecia, ele não fazia cerimônia para demonstrar seu desconforto, tornando-se agressivo com quem quisesse aprisioná-lo. (...) - MONTY ROBERTS - O homem que ouve cavalos - Bertrand Brasil/RJ/2001, p. 268.



CLINA

- Corruptela de CRINA. ZENO CARDOSO NUNES e RUI CARDOSO NUNES - Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul - Martins Livreiro-Editor/P. Alegre-RS/2000, pág. 121, contrariam a idéia de corruptela, afirmando que se trata de palavra castelhana e do português antigo.

- Na Ilha de Santa Catarina, também se usa QUILINA, possivelmente um idiotismo resultante da pronúncia açoriana de CLINA.

- (...) O flete, - pra sentir-lhe a seda das mãos finas,/num roçar acariciante,/entrançar-lhe as clinas (...) - Poesia Ñanquentru - Transcrita por JOSÉ ISAAC PILATI - Juca Ruivo/Tradição - IOESC – Folis/SC – 2002, pág.98.

- (...) Pareciam-lhe mais lindas que os anelados cabelos louros da Jacinta, as clinas negras e crespas da baia. (...) - JOSÉ DE ALENCAR - O gaúcho - L&PM Editores S.A./RS/1999, p. 134.

- (...) pensou consigo anediando a longa clina do cardam que rifava (...) – JOSÉ DE ALENCAR – Obs.: anediar é verbo que significa tornar lustroso, sedoso.


CLOPEAR

- "Clopeiam os cavalos", escreveu Guimarães Rosa. No dicionário, a palavra não está registrada. Clopear vem do "clope-clope" das patas do cavalo no chão batido - Globo Rural.


COALHAR O CAVALO

- Diz-se de quando ele atinge seu completo desenvolvimento - F.J. CALDAS AULETE – Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa/Lisboa-Pt/1948, pág. 577.



CÓCEGAS (Ver CORCOVEAR)

- JOSÉ HERNÁNDEZ - Martin Fierro - Libreria “El Ateneo” Editorial/B. Aires .../1973, pág. 128, nos dá notícia do proceder dos índios Pampas, da Argentina, para tirar as cóecegas dos animais em doma: (...) Pa quitarle as cosquillas/com cuidado lo manosea;/horas enteras emplea,/y por fin sólo lo deja,/cuando agacha las orejas/y ya el potro ni cocea. (...).



COCHEIRO (Ver AURIGA, BOLÉIA, CONDOTTIERI, CONDUTOR, PESCANTE e POSTILHÃO)

- Agitator ou mulio, em Latim.

- Condutor de coche.

- De ônibus: estou pronto a ser o que for do seu agrado, até cocheiro de ônibus (…) - MACHADO DE ASSIS – Dom Casmurro/No passeio público – Gráfica e Editora Avenida Ltda/Jaraguá do Sul-SC/2005, p. 46. Naturalmente o autor se referia a cocheiro de ônibus tracionado por bestas, eis que na época em que escreveu não se conhecia os ônibus movidos a motor de explosão.

- Droscar ou muscal, ou ainda visitiu, em Romeno.

- Referência por NICOLÁI GÓGOI, na obra Taras Bulba, Cap. II.

- Gyosha, em Japonês.


COISAS BOAS DA VIDA

- (...) o mundo tem tanta coisa gostosa! Mulher bonita, cavalo bom, baile, churrasco, mate amargo...laranja madura, melancia fresca, uma guampa de leite gordo ainda quente dos úberes da vaca...uma boa prosa perto do fogo...uma pescaria...uma caçada, uma sesta debaixo do umbu...(...) – ÉRICO VERÍSSIMO - O Continente - Edit. Globo/P. Alegre-RS/1962, p. 661.


COLA (Ver CANTA-GALO, CAUDA, CACHO, COLA ATADA, COLEADOR, MASLO, RABO e RABO-DE-CAVALO)

- Cabayú tuguay, na língua Guarani, cfe. JOÃO CEZIMBRA JACQUES - Assumptos do Rio Grande do Sul – ERUS e Oficinas Gráficas da Escola de Engenharia/P. Alegre-RS/1912, p. 227.

- Cola e Maslo, em Espanhol.

- (...) Los cadáveres de los polacos fueran atados de diez em diez a la cola de los caballos, que los zaporogos lanzaron hacia la llanura, ahuyentándolos a latigazos. Los caballos, furiosos, corrieron veloces por largo tiempo a través de los campos, arrstrando los cadáveres ensanguentados que rodaban y chocaban em el polvo (...) - Referência por NICOLÁI GÓGOI, na obra Taras Bulba, Cap. VII.

- PEDRO FERNANDEZ DE ANDRADA - Libro de la Gineta de Espana - 1.598, registrou que la cola solia servir de plumas a los Soldados, comoVirgílio dize: salio Mezencio al campo. Y em Espana se usavan por luto: dellas hazian cuerdas para arcos e ballestras: hazense cabestros para atar, sedales para pescar: lazos para caçar; cedaços para cernir.

- Tail, em Inglês; Schweif, em Alemão; Queue, em Francês.

- Também conhecida como raiz da cauda. Apêndice de forma quase cilíndrica, que nasce na intersecção da garupa com as nádegas - Ver Folheto intitulado Identificação de Cavalos pela Resenha Descritiva e Gráfica - CBH - Tradução da Dra. Cândida Azevedo (Jan./98), p. 5, figura 2, nº 36.


COLA-ATADA (Ver PINGO)

- Cauda de eqüino atada de modo a formar tope ou tranças. – MÁRCIO CAMARGO COSTA - A caudilha de Lages - Edit. Lunardelli/Fpolis/1987, p. 148.

- (...) Fugiu de madrugada. Na garupa do tordilho negro. De cola atada. (...) - MÁRCIO CAMARGO COSTA - A caudilha de Lages -Edit. Lunardelli/Fpolis/1987, p. 110.

- Na capa da obra O romance da Equitação, de autoria de JORGE LEAL FURTADO COELHO (sem Editora - Gráfica Sangirard/Sem endereço e sem ano de impressão) vê-se a figura de um cavalo de cola atada com as próprias cerdas.

- (...) Num exibicionismo provocante fiz um verdadeiro coque da cola do malacara. Uma exibição que visava preservá-la do laçal. (...) - JACQUES SCHWEIDSON - Judeus de bombachas e chimarrão - José Olympio Editora/RJ/1985, p. 96.

- O campeiro rio-grandense tem o hábito de dar um nó na cola do cavalo, dizem alguns para que não se enlameie na lida, outros para que não se enrosque no laço, outros para que apareça a musculatura trazeira do pingo.

- (...) Qualquer que fosse a sua posição, cuidavam dos "pingos" com os maiores desvelos, tosadas as crinas, as colas atadas a meia altura dos quartos (...) - LINDOLFO COLLOR - Garibaldi e a Guerra dos Farrapos - Edit. Civiliz. Brasileira/1977, p. 141.

COLA DE CANTA-GALO

- Era um gaúcho atrevido/Quer de pé, quer de a cavalo,/Cola atada ao canta galo,/Prata em penca na guaiaca,/Dispondo de muita vaca,/Levava a vida em regalo. (...) - AMARO JUVENAL (pseudônimo de RAMIRO BARCELLOS) - Antônio Chimango – Artes e Ofícios Editora/P. Alegre-RS/2000, pág. 67.


COLMILHO ou COLOMILHO (Ver CANINO, COLMILHUDO, CORRUMILHO, ESQUECIDO e KIRU)

- Colmillo, em Espanhol (Colômbia): (...) lê vendió el patrón uma yegua de veinte años, haciéndole palpar que todavia no lê había salido el colmillo, y asegurándole que si la veia sin dientes, era porque los estaba mudando JOSÉ MANUEL MARROQUÍN – El Moro – Cap. II - http://www.lablaa.org/

- Na edição de O Vaqueano, de APOLINÁRIO PORTO-ALEGRE (Edit. Três/SP/1973, p. 130) aparece a referência ao dente como COLOMILHO, senão vejamos: (...) Este potranquilho agora desponta o colomilho (...)

- Kiba ou kida (?), em Japonês.

- São os caninos do eqüino macho. As fêmeas não os possuem, salvo raríssimas excessões (dizem que nas éguas machorras). Seu surgimento à vista indica que o animal tem já idade próxima de quatro anos e seu tamanho serve como um dos parâmetros para avaliação da idade do bicho.

COLMILHOSO

- O mesmo que COLMILHUDO. Cavalo velho. - F.J. CALDAS AULETE – Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa/Lisboa-Pt/1948, pág. 594.

COLMILHUDO

- (...) E cheguei até a pensar/Pobre guri sem estudo,/No lombo de um colmilhudo/Mais quente que amor de prima,/Que Deus não fez melhor rima/Do que as esporas cantando,/Um redomão corcoviando/E um índio grudado em cima. (...) - JAIME CAETANO BRAUN - Potreiro de Guachos (poesia Gineteando) - Editor Martins Livreiro/P. Alegre- RS/1969, p. 72.

- (...) ia-se ver, era um colmilhudo, com cada dente como uma estaca...velho como o cerro de Batovi (...) - SIMÕES LOPES NETO - Contos Gauchescos & Lendas do Sul - L&PM Editores S.A./SP- RS/1998, p. 64. - O texto diz tudo: o colmilho é um dos elementos seguros de avaliação do animal do sexo masculino e a palavra colmilhudo significa cavalo com idade muito superior a quatro anos, eis que é naquela faixa etária que nasce o colmilho no animal. É por isso que o autor fala em dentre grande como uma estaca e arremata afirmando-o velho.


COMBATE DE MARCAS

- O “combate de marcas” é uma curiosa modalidade da carreira de retas do Rio Grande do Sul. Trata-se do confronto entre determinado número de animais – entre dez a vinte de cada marca, geralmente em que contendam entre si cavalos de duas estâncias. Como geralmente os animais disputantes são do uso diário da peonada, não amilhados, as distâncias estabelecidas de comum acordo não ultrapassam os trezentos metros. A cancha, via de regra é rudimentar, com apenas dois trilhos, e, fixadas as balizas de saída e chegada, está pronto o local para a disputa. Encerraos os animais numa mangueira – cavalos “de campo”, de trabalho diário, quase sempre -, compete ao estancieiro visitante apartar, dentre os seus, o cavalo que competirá primeiro. Ao hospedeiro, por sua vez, medindo possibilidades, o seu representante. Disputada a primeria carreira. No meio da manhã, seguem-se as demais, cabendo sempre ao vencedor o cavalo de sua marca para a próxima carreira. E assim, estância contra estância – “marca” contra “marca”, e daí o nome dado ao “combate”-, sucedem-se as carreiras por todo o dia, via de regra um domingo de bom tempo. Sagra-se campeã do “combate” a ‘marca” (estância) que somou maior número de vitórias, cabendo ao perdedor, via de regra, arcar com a despesa das bebidas, já previamente encomendadas na cidade e consumidas com liberalidade durante a festa. A peonada e assistentes jogam por fora; às vezes apostam entre si os próprios patrões pequenas paradas em dinheiro. Para “não olhar de graça” a disputa em que se empolgam seus animais, conduzidos por sua gente. Sadia disputa que foi comum no interior do Rio Grande, especialmente na zona de fronteira e nas Missões, o “combate de marcas” vai desaparecendo do que se poderia chamar de mapa folclórico do Rio Grande do Sul, Remanesce, ainda, em algumas poucas regiões do Estado, tais como Uruguaiana, Júlio de Castilhos, Livramento, Alegrete, Santiago e São Borja. Não tardará, talvez, em ser apenas uma reminiscência histórica, uma estampa sugestiva de nossos usos e costumes que o progresso e os novos hábitos levaram para sempre. Só falta, agora, que um curioso qualquer introduza o “combate detratores – a partir da constatação de que a máquina, paulatinamente, vem substituindo o cavalo nos campos de nosso Estado - APPARÍCIO SILVA RILLO – Boca do Povo – Tchê! Editora Ltda/1986, pág. 67.


Obs.: no português antigo, usava-se "marca" para referir "raça".

Cocheiro

COMIDA DE CAVALO (Ver AVEIA e ROSA)

- Coligny teve participação ativa nas atrocidades. Era tão cruel, principalmente com padres e freiras, que os católicos o chamavam de Holofernes. Em alguns lugares, as vísceras das vítimas eram recheadas com palha e dada aos cavalos dos huguenotes. Centenas de vilões e vilas foram saqueadas e queimadas. Lyon e seu comércio próspero estava em ruínas.
http://blog.bibliacatolica.com.br

- CONSIGLIERI PEDROSO, em seu livro Contos Populares Portugueses (Landy Livraria Editora e Distribuidora Ltda/SP/2001, p. 169 – Conto As postas de peixe): (...) Então o peixe disse ao pescador: - Leva-me para tua casa e faz de mim doze postas e darás três à tua mulher, três à égua, três à tua cadela e três enterra-as no teu quintal. O pescador assim fez; e passado um ano, a mulher tinha tido três meninos; a égua três cavalos; (...)

- Itajara (famoso cavalo de corrida) ganhava maçã, aveia (20 litros no almoço), cenoura, chicória e alfafa. - Rev. MANCHETE, ed. 20/06/1987, p. 68

- PEDRO FERNANDEZ DE ANDRADA – Libro de la Gineta Española - 1.598, noticia: Y si el hombre come carne, tambien el cavallo la come: como se escrive de Bucefalo, que tênia racion ordinária de carne. Y de los cavalos de Diomedes Rey de Tracia se dize, que los mostro a comer carne humana, y faltandoles um dia lo comieron a el. Que coman pan, la esperiencia es clara, pues todos dan harina a sus cavallos. Pues que los cavallos beban vino como los hombres, muchos autores afirman: que el Emperador Calígula lo dava a beber a su cavallo em su própria taça de oro, com que el bebia. Y em Francia es muy ordinário, darlo a los cavallos. Pues que coman las demas chucherias, que nosotros comemos: Iulio Capitolino lo escrive del cavallo de Lucio Vero Emperador, a quien em lugar de cevada dava passas y piñones.

COMIDA DE GENTE (Ver CARNE DE CAVALO, RAÇÃO PARA CACHORROS e RANQUELES)

- (...) Abrindo picadas na mais áspera das nossas serras; conduzindo artilharia por brenhas onde dificilmente passava um cavaleiro; comendo os próprios cavalos e, depois, couro molhado e raízes; despidos pelos espinhos – quando entraram nos campos os retirantes vinham esquálidos, hirsutos, vestidos com um pelego em torno da cintura (...) – BARBOSA LESSA - República das Carroças - Tchê! Editora Ltda/Porto Alegre-RS/p. 120. Obs: O autor fala dos farrapos, em fuga das tropas imperiais (os caramurus), serra acima, em SC.

COMIDA DE MULA (Ver ALIMENTAÇÃO)

- Garibaldi, tentando salvar mulas que o acompanhavam, dava-lhes folhas de taquara, a chamada taquaruçu, muito comum nas serras catarinenses. Notícias em PAULO MARKUN - Anita Garibaldi/Uma heroína brasileira - Edit. SENAC/SP/1999, p. 184.

CONDE D’EU

- Visitou a Ilha de SC, durante a Guerra do Paraguai, em companhia de D. Pedro II, no segundo semestre de 1865 e escreveu: (...) Não vejo na cidade nenhuma carruagem. (...) De tarde fomos dar um delicioso passeio a cavalo através da Ilha, até a enseada chamada “Saco dos Limões” (...)
– Conf. AUJOR ÁVILA DA LUZ - Santa Catarina, Quatro Séculos de História XVI a XIX - Edit. Insular/Fpolis-SC/2000, p. 284 e 286.

CONDENAÇÃO

- Cavalo foi condenado por crime de homicídio na França
Em 1639 o Tribunal de Dijon, na França, condenou um cavalo a morrer na fogueira por crime de homicídio. No julgamento, as testemunhas disseram que o cavalo, além de estar possuído pelo demônio, tinha premeditado o crime de jogar o cavaleiro no chão, para lhe quebrar o pescoço.
Fonte: http://www.harpa.com.br/

CONFORMAÇÃO (Ver EQUILÍBRIO)

- Segundo MANOEL DUTRA, em seu Livro do Criador (Livraria do Povo/RS/1894), p. 163, o ideal do árabe, em relação ao cavalo, é que tenha: (...) peito de leão, garupa de lobo, olho e graça de gazela, velocidade de avestruz e membros delgados de lebreiro.

CONGOCHA

- Comichão ou cócegas que alguns cavalos sentem quando se lhe apertam as cilhas - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 633.

CONSENTIMENTO DO ESPORTISTA, NO HIPISMO

- (...) Nos esportes praticados com o auxílio de animais, como o hipismo, e o rodeio, o risco pode derivar de movimentos do próprio animal, como a queda do ginete ou o coice do animal no participante do rodeio. As duas situações comportam um melhor exame. Na hipótese de rodeio, o consenciente se expõe, com perfeita representação, ao perigo da participação nesse esporte, pois, irá cavalgar em animal perigoso, indicado pelos organizadores, aceitando livremente o risco. Contrariamente, no hipismo, se o esportista, já na primeira lição, assume o risco de galopar e ser atirado ao solo, o consentimento seu não é apto a excluir a antijuridicidade da conduta de seu treinador, porque ao principiante falta a representação do perigo. Nas demais situações, uma vez representado o risco, o consentimento exclui a ilicitude. (...) - JOSÉ HENRIQUE PIERANGELI - O consentimento do ofendido - Edit. Rev. dos Tribunais/SP/1995, p. 162.

CONSUALIA

- (...) Conso é uma antiga divindade protetora da agricultura, em cuja honra celebravam-se as festas denominadas Consuália, a 21 de agosto e 15 de dezembro (...) Por ocasião da Consualia, os cavalos e mulos eram coroados de flores e isentos de trabalho. Podiam tão-somente disputar corridas no Circo...O altar do deus era então dessoterrado e em sua honra se realizavam as disputas eqüestres. Assimilado a Neptunus equestris, protetor dos jogos, e deus-cavalo por excelência, como se explicou em relação a Posídon (o Netuno dos latinos) em Mitologia Grega, vol. I, p. 323. Conso, a princípio, foi um deus ctônico e, por isso mesmo (...) cuidava dos cavalos por serem excelentes psicopompos, ou seja, condutores de almas para a outra vida, uma vez que enxergavam nas trevas. (...) - JUNITO BRANDÃO - Dic. Mítico-etimológico - Edunb e Edit. Vozes/Petrópolis-RJ/1993, p. 85.

CONVERSA COM CAVALOS (Ver CEGUEIRA, COMUNICAÇÃO e SUSURROS)

- (...) o primeiro dinheiro que pus de lado foi para comprar dois garnhões novos, que conservo numa boa estrebaria, e, depois deles, o moço encarregado de tratá-los é o meu favorito, pois sinto-me reanimado com o cheiro que se impregna no estábulo. Os meus cavalos me compreendem toleravelmente bem; converso com eles pelo menos quatro horas por dia. São estranhos à sela e ao freio; vivem em grande camaradagem comigo e são muito amigos um do outro. (...) – JONATHAN SWIFT - Viagens de Gulliver - Victor Civita Editor/SP-SP/2000, Parte IV, cap. XI, pág. 264.

- LEON TOLSTOI - Senhores e servos – Editora Martin Claret/SP-SP/2005, evidencia o hábito de algumas pessoas de monologar com os cavalos (vide, por exemplo, págs. 85, 95, 114 e 116.

COROBICHO

- Diz-se do cavalo forte, resistente, excelente - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 676.

Há uma concepção dos rio-grandenses no sentido de que os melhores cavalos ostentam a capa (pelagem) com a seguinte composição: alazão tostado, estrela (marca branca na testa), cruzado (um pé e uma mão, de lados opostos, da cor branca).

CORREAME

- (...) O peão de repente, criou alma nova e, sem que o patrão mandasse, foi ensebar os correames da carroça (...) - CYRO MARTINS – Sombras na Correnteza - Edit. Movimento/P. Alegre-RS/1979, p. 128.

- Palavra vulgarizada como CORREAMA. Usada na Decisão nº 134, de 06/09/1823 – Legislação Brasileira de 1823 – Trata-se das peças, geralmente confeccionadas em couro, usadas para atrelar os animais às carroças.



CORREEIRO (Ver SELEIRO)

- (...) Os correeiros da cidade fazem couraças e arreios para os cavalos dos guerreiros, que são os mais finos trabalhos, ornados com muita fantasia. (...) – MARCO POLO – O Livro das Maravilhas – L&PM Editores S..A/1999, p. 237.


CORRER À ARGOLINHA

- (...) Chegou por fim o momento de correr à argolinha, que é de todos os exercícios da cavalhada o mais difícil.

Os cavaleiros de ambas as turmas se reúnem de um só lado. Em frente deles, na outra extremidade, está pendurada a um cordão, preso a dois altos postes, uma argola de metal de uma polegada de diâmetro. Os cavaleiros, cada um por sua vez saindo a galope da fileira, têm de tentar enfia-la na ponta da lança.

Quando chegou a sua vez, Elias tinha montado de novo o fogoso rosilho; quando deram fé, já era tarde para estorvá-lo. O cavalo saiu aos trancos, num galope áspero e descompassado; mas a despeito disso, quando Elias passou entre os postes, a argolinha tinha desaparecido do cordão. Como é de estilo, dois cavaleiros vieram escoltá-lo, e ele, ao som de aplausos, músicas e foguetes, dirigiu-se ao palanque de Lúcia. Esta, com o mais amável dos sorrisos nos lábios e com mão trêmula de emoção, na forma do costume, atou-lhe na ponta da lança um molho de largas e compridas fitas, e ele volteou de novo a arena a toque de música e estouros de foguetaria. Era o herói da festa. (...) - BERNARDO GUIMARÃES – O Garimpeiro.


CORRERIAS PELAS CIDADES

- (...) Os que corressem a cavalo dentro da cidade, sendo homens livres, pagariam a multa de trinta mil-réis e sendo cativos, sofreriam três dúzias de palmatoadas. Excetuavam-se as ordenanças montadas e os oficiais e soldados em serviço público, e, é de se presumir, em face das regalias características da época, os homens de botas de montar a cavalo e de esporas de prata, em geral, que estes eram quase todos oficiais de milícias ou da Guarda Nacional que as sucedeu em prestígio; e, esquipando ou galopando, estavam tais oficiais honorários no gozo ou na ostentação de direitos amplos que iam ao extremo de conferir a condição de brancos aos portadores dos títulos máximos. Ora, oficiais honorários de milícias ou da Guarda Nacional eram quase todos senhores de engenho ou fazendeiros importantes da época. Quase todos tinham seus títulos e gozavam dos privilégios que decorriam desses títulos. Quase todos faziam das botas de montar a cavalo e das esporas de prata, insígnias brilhantes de sua situação de senhores ou fidalgos rurais. De modo que entre eles e os matutos, os sertanejos, os caipiras que apenas revestiam os pés de alpercatas ou de sapatos de couro cru e não sabiam o que era dominar cavalos com esporas de prata, a distância social e, ostensivamente cultural, que havia, era grande. (...) - GILBERTO FREYRE - Sobrados e mocambos - Livraria José Olympio Editora/RJ/1968/Tomo 2, ps. 384 e 385.


CORRIDA DE CAVALOS (Ver ADOLF HITLER, CARREIRA, GRÉCIA, JOGOS OLÍMPICOS DA GRÉCIA, NETUNO e POSSEIDON)

- A mais longa corrida de que se tem conhecimento realizou-se em Portugal, com um percurso de 1924 Km. Foi vencida pelo cavalo Emir, parido por uma égua egípcia de linhagem Blunt Arab. O recorde mundial para distâncias longas e de velocidade pertence a Champion Crabbet, que percorreu 482 Km em 5h 33 min, transportando 111,130 Kg, em 1920. - Livro dos Recordes.

- Alergare, em Romeno.

- AUJOR ÁVILA DA LUZ ( Santa Catarina, Quatro Séculos de História XVI ao XIX - Edit. Insular/Fpolis-SC/2000, p. 359) dá notícias de que por volta da virada do século passado (1900), no interior, na zona rural, além das festas da igreja, haviam as diversões profanas: fandango, sarabalho, jogo de carta, corrida de cavalo, boi na vara e reunião para ouvir alguns cantadores e violeiros. (...).

- DEE BROWN, em Enterrem meu coração na beira do rio/L&PM Editores/Floresta-RS/2005, p. 30, reporta-se ao costume de fazer corridas de cavalos entre os navajos e os soldados. Todos os navajos esperavam ansiosamente essas corridas e, nos dias de competição, centenas de homens, mulheres e crianças vestiam suas roupas melhores e iam, em suas melhores montarias, a forte Wingate. Numa clara e ensolarada manhã de setembro foram disputadas várias corridas, mas a corrida especial do dia estava marcada para o meio-dia. Seria entre Bala de Pistola (nome dado a Manuelito pelos soldados), num cavalo navajo, e um tenente, num cavalo do Exército. Muitas apostas haviam sido feitas para esta corrida – dinheiro, cobertores, gado, contas de vidro, tudo que um homem pode usar numa aposta. Os cavalos partiram juntos, mas em alguns segundos todos poddia ver que Bala de Pistola (Manuelito) estava em apuros. Perdera o controle do cavalo, que saíra do percurso. Logo, todos viram que as rédeas de Bala de Pistola haviam sido cortadas com uma faca. Os navajos recorreram aos juízes – todos soldados – e pediram que a corrida fosse disputada outra vez. Os juízes recusaram; declararam vend]cedor o cavalo militar do tenente. Imediatamente os soldados fizeram um desfile de vitória numa marcha até o forte, para pegar as apostas. Insultados por esse roubo, os navajos correram atrás deles, mas as portas do forte foram fechadas nas suas caras. Quando um navajo tentou forçar a aentrada, uma sentinela matou-o com um tiro. Os navajos, squaws e crianças correram em todas as direções e foram tacados com tiros e baionetas. (...).

- (...) Eram comuns, entre os cavaleiros árabes, as corridas de cavalos, os torneios de lança e de espada e muitos outros jogos. El-Nacêri pagava preços fabulosos pelos melhores cavalos. As festas do hipódromo de Gangorrra em 1273, foram mais suntuosas que as do próprio sultão. (...) No começo do século XIV haviam cinco hipódromos: El-Nacêri, Dos Potros, Da Cidadela, Do Haras e, finalmente, Da Gangorra. Nesses hipódromos, além das corridas, praticava-se um jogo de bola, originário da Pérsia, parecido com o polo atual, mas que, ao invés de tacos, era jogado com uma espécie de raquetes de cabo longo. (...) - JORGE LEAL FURTADO COELHO - O Romance da Equitação, p. 38.

- Jogos de Azar: ao proibi-los, o Alcorão as caracteriza como sendo manobras de Satanás (3ª Surata, versículo 90); e o fez por razões convincentes. Reconhece-se que a maioria dos males sociais emanam da má distribuição da riqueza nacional, fazendo com que alguns indivíduos sejam ricos demais e outros pobres demais, o que resulta com que eles se deixem explorar pelos ricos. Nos jogos de azar e nas loterias, é grande a tentação de ganhos rápidos e fáceis, e na maioria das vezes, um ganho fácil é prejudicial para a sociedade. Suponhamos que nas corridas - de cavalos ou outras - e nas loterias, públicas ou particulares , assim como em outros jogos de azar, as pessoas, num país qualquer, gastem 3 milhões de cruzeiros toda semana - como é o caso de certos países; ao final de 10 anos apenas, terá sido recolhido um montante de 1.560 milhões de cruzeiros, de um grande número de habitantes e distribuídos a um número ridiculamente pequeno. Menos de 1 por cento das pessoas são contempladas às custas dos outros 99 por cento.(...) Tal e qual os seguros capitalistas, os jogos de azar implicam em riscos unilaterais. (...) - MOHAMMAD HAMIDULLAH - Introdução ao Islam - Edit. Alvorada - p. 206.

- Na Grécia: Antes de 680 a.C. Não se corria montado, somente em carros puxados por dois (bigas) ou quatro cavalos (quadriga), equipamentos que eram também muito usados nos combates. A partir de então é que se começou as corridas como são conhecidas hoje, em Olimpo, ocasião em que se começou a instituir prêmios para os vencedores. Delfos, um pouco depois (586 a.C.), copiou aquela prática e sucedeu, então, grande incremento das atividades eqüestres.

- (...) os nômades individualistas das estepes disputavam corridas a cavalo em que o objetivo era levar determinado objeto até a linha de chegada. (...)– JOHN KEEGAN – Uma história da guerra - Companhia de Bolso (Editora Schwarcz Ltda) – SP-SP/2006, p. 319. Talvez aqui esteja a origem da brincadeira que ainda hoje se pratica com o nome de ESTAFETA.

- Segundo PHILIPPE AZIZ ( A civilização dos etruscos - Otto Pierre Editores/RJ/1978, p. 97), Tarquínio, o Velho, levou para Roma invadida e dominada, o hábito de celebrar vitórias militares com jogos, incluindo corridas de cavalos.

- Síba el Khêil, em árabe - CHAFIC ELIA SAID - Árabe coloquial/com caracteres ocidentais, p. 159.

-Ver Lei Fed. nº 428, de 10/12/1896

- Lei nº 2.544, de 04/12/1912

- Lei nº 2.738, de 04/01/1913

- Lei nº 3.454, de 06/01/1918.



CORRIDAS DE ANEL (Ver ARGOLINHA)

- Ref. por - Pe. CARLOS TESCHAUER – História do Rio Grande do Sul/Dos dois primeiros séculos - Edit. UNISINOS/São Leopoldo-RS/2002, Vol. II - pág. 210.


CORTADA DO FÔLEGO (Ver CAPACIDADE RESPIRATÓRIA)

- (...) às vezes brigam e discutem, fazem-se trastadas em pequenos negócios. Ora é esse a querer trocar uma mula velha por uma novilha, sabendo que a mula é abombada e cortada do fôlego (...) - IVAN PEDRO DE MARTINS - Fronteira Agreste - Edit. Movimento/P. Alegre-RS/1985, p. 111.


COSCÓS

- Roseta de ferro que se suspende no bocado do freio para fazer bulha quando o cavalo move a língua e morde o freio - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 688.

COSTEIO

- ENEDINO BATISTA RIBEIRO - Gavião de Penacho/Memórias de um serrano - IHGSC e ALESC/Florianópolis-SC/1999, vol. I, p. 94, esclarece, em nota de rodapé de nº 9 que COSTEIO – vaquejada; manter o gado nos currais para acostumá-lo às lides. Mas o próprio autor aqui citado fala em costeio em relação à eguada, o que significa que o costeio também abrange, além do gado vacum o gado eqüino.

- HOMERO DA COSTA ARAÚJO - Caminho das Tropas - Editora Insular Ltda/Fpolis-SC/2003, p. 19, refere-se a (...) cavalos para o costeio do gado (...).

COTIA

- Animal de que se extraía material (couro) para a elaboração de acessórios de uso campeiro.

- (...) Era de cotia - disse -, foi cabo de relho, a açoiteira apodreceu, eis o buraco em que entrava o tento e ali está a argola (...) - APOLINÁRIO PORTO-ALEGRE - O Vaqueano - Edit. Três/SP/1973, p. 106.



COUDEL (Ver REGIMENTO DOS COUDÉIS)

- Capitão de cavalaria - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 694.

COUDELARIA

- Herghelie, em Romeno.

- Lei nº 131, da Provincia de S. Pedro do RS, publicada no Relatório do Presidente, datado de 1849, p. 28: estabelece uma Coudelaria para a perfeição dos animaes cavallares, vacuns e asninos. (...) Sendo estabelecimento novo entre nós, entendi que seria melhor principiar um pouco mais tarde, porem em regra; e para isso mandei saber se no Rio de Janeiro haverião algumas obras impressas, em que se tratasse da materia. Como taes se não achassem, fiz encarregar á casa do Fermin Didot a sua acquisição, nos paizes em que se acharem; e logo que cheguem, as farei tradusir, e se formará um Folheto de Instrucções, o mais resumido que for possivel, para distribuir pelos nossos criadores.

- Termo comumente usado com sinônimo de haras, criatório de eqüinos. JOSÉ DE ALENCAR, todavia, em seu livro O gaúcho, utiliza-se da palavra como sinônimo de animal: (...) Voltava a tordilha, guiando as selvagens coudelarias (...). - L&PM Editores S.A./RS/1999, p. 69.

Ver Dec. Federal nº 590, de 24/07/1890.

nº 8.546, de 01/02/1911

nº 15.796, de 10/11/1922

nº 17.257, de 24/03/1926.

Lei Fed. nº 560, de 31/12/1898, art. 20, letra b.

nº 957, de 30/12/1902, art. 17, nº 7.

nº 1.617, de 30/12/1906, art. 35, nº 22.

nº 2.356, de 31/12/1910, art. 72.


COUDÉLICO

- Relativo a COUDELARIA. A palavra é usada na denominação do Serviço nacional Coudélico, de Portugal e consta do item 3, do art. 521, do Regulamento de CCE da Fed. Eqüestre Portuguesa.

COURO (Ver GADO e LONCA)

- CARLOS REVERBEL relata que o couro cru começou a ser substituído pelo curtido a partir de 1820, com a vinda de um curtidor francês chamado Gavet para o RS - O Gaúcho - L&PM Editores S.A./RS/1997, p. 29.

- CARLOS TECHAUER - História do Rio Grande do Sul dos dois primeiros séculos - Editora Unisinos/São leopoldo-RS/2002, Tomo I, p. 429, revela que os índios davam usos bastante curiosos ao couro: (...) Quando a carreta ou outro veículo se estraga, ou uma parte dele começa a apartar-se da outra, essa não se compõe com pregos, mas com tiras de couro. É de couro a coberta das carretas. Às escadinhas, fabricadas de taquaras, que usam para os galinheiros, também lhes pegam couro os índios. “A maior parte dos (pequenos) canhões que eles têm é de madeira (ou canos de bambu), igualmente forrada de couro. (...) E segue um rol quase infindo de utilidades que os silvíciolas davam ao material em destaque.

- De porco, para rédeas - http://www.ricardocosta.com/textos/livrodofim.htm

- DEE BROWN, Enterrem meu coração na beira do rio/L&PM Editores/Floresta-RS/2005, p. 296: (...) Durante a primeira noite de fuga, doze crianças e vários velhos morreram de frio. No dia seguinte, os homens mataram alguns cavalos, tiraram-lhes os couros e nestes colocaram as crianças pequenas para evitar que morressem de frio (...)

- (...) Tiramos também o couro das pernas dos cavalos para curtir e fazer bolsas para carregar água (...) As bolsas que fizemos com o couro dos cavalos logo apodreceram (...) – ALVAR NUÑES CABEZA DE VACA – Cabeia de Vaca/Naufrágios & Comentários – L&PM Editores S. A/1999, ps. 52 e 53.


COUROS

- Os couros de potro eram utilizados pelo gaúcho argentino para improvisar abrigos (tendas), senão vejamos: (...) Fabricaremos um toldo,/como lo hacen tantos otros, com unos cueros de potro,,/que sea sala y cocina (...) – JOSÉ HERNÁNDEZ - Martin Fierro - Libreria “El Ateneo” Editorial/B. Aires .../1973, pág. 77.

- (...) Y allí el gaucho inteligente/em cuanto el potro enredó,/los cueros le acomodó,/y se le sentó em seguida (...) - JOSÉ HERNÁNDEZ - Martin Fierro - Libreria “El Ateneo” Editorial/B. Aires, etc.../1973, pág. 6. Nota: Na pa’g. 7, em nota redigida por JOSÉ EDMUNDO CLEMENTE, vê-se o comentário de que Cueros (...) são enseres de ensillar el caballo, isto é, são o que denominamos as encilhas.

COXIA

- Coxia f. Espaço que cada cavalo ocupa na cavalariça, preso à manjedoura. http://letratura.blogspot.com/2006/12/glossrio-equinos-e-asininos.html

- (...) Quase todas as coxias estavam vazias, mas, na penumbra, ainda se podiam vislumbrar indistintamente uns três ou quatro cavalos (...) ­– VALERIO MASSIMO MANFREDI - A última legião (...) - Edit. Rocco Ltda e L&PM Editores – Porto Alegre/RS – 2008, p. 29.


COXONILHO

- A palavra é encontrada em ALUÍSIO DE ALMEIDA - Vida e morte do Tropeiro – Livraria Martins Editora /SP/1971, p. 43: (...) Enquanto as tropas passavam de sul a norte, os sorocabanos não tropeiros negociavam as suas obras manufaturadas com os compradores e vendedores de animais ao mesmo tempo : rédeas, baixeiros de lã, coxonilhos, arreios e seus pertences, pano de algodão, artigos de prata e ouro. (...).

- HUGO DE CARVALHO RAMOS – Tropas e boiadas/Gente da gleba - Instituto Centro Brasileiro de Cultura/1917, também refere a palavra: (...) Trago aí debaixo dos coxonilhos um sapiquá (...).



Um comentário:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.