- Descrevendo as vias de comunicação da colônia italiana fundada às margens do Rio Tijucas, LUCAS ALEXANDRE BOITEUX - Primeira página da Colonização italiana em Santa Catarina - Editora da Universidade de Caxias do Sul/1998, p. 25, registrou: (...) De Porto Belo até Tijucas, a estrada percorre ainda o interior das terras, através de uma região despida e tomada pela pradaria; salvo em algumas paragens, o terreno não se mostra muito firme em tempo de chuva, o caminho é tolerável para um cavaleiro e pode se vencer muito rapidamente as duas léguas que o separam de Tijucas, onde terá ainda necessidade de deter-se e atravessar o rio, que, afinal, oferece dificuldades peculiares, pois sua largura é pouco considerável e suas águas sempre tranqüilas. Deixando Tijucas, a estrada segue durante algum tempo a margem direita do rio, por um terreno baixo e onde não existe nenhum escoamento das águas, de modo que não faltam atoleiros, e, às vezes, no momento em que menos se espera, vê-se o cavalo mergulhar na lama até os arreios, e de onde não é fácil retirá-lo. (...)
- EDWARD GIBON – Declínio e queda do Império Romano – Edit. Schwarcz Ltda/SP-SP/2005, p. 137, relata uma ocorrência desastrosa para o exército romano: (...) A primeira linha dos godos finalmente cedeu em tumulto; a segunda, avançando em apoio dela partilhou a mesma sorte; e só a terceira permaneceu inteira, pronta a disputar a passagem do paul – sinônimo de local de águas estagnadas, pântano – o que foi imprudentemnte tentado pela presunção do inimigo. Então a fortuna do dia se inverteu, e tudo se tornou adverso para os romanos; o local, cheio de vaza, afundava debaixo dos que se mantinham parados e fazia os que avançavam escorregarem; pesadas, as armaduras deles, e as águas profundas; tampouco podiam brandir, naquela descômoda situação, suas pesadas azagaias. Os bárbaros, contrariamente, estavam habituados a recontros nos charcos, em que tinham a vantagem da alta estatura e das longas lanças, capazes de ferir à distância.
No paul, após uma luta ineficaz, o exército romano se perdeu irremediavelmente; nem pode o corpo do imperador ser ali achado. Esse foi o fim de Décio, aos cinqüenta anos de idade; um príncipe consumado, ativo na guerra e afável na paz, que juntamente com seu filho mereceu ser comparado, na vida como na morte, aos mais luminosos exemplos da antiga virtude. (...)
- Risco acentuado para os animais e cavaleiros - (...) Felizmente, tínhamos bons cavalos, dos que haviam resistido à epizootia; safaram-se de perigoso atoleiro, que pela ânsia de chegar não quiséramos contornar (...) - VISCONDE DE TAUNAY – A retirada da Laguna/1867/Cap.VII.
- (...) Seus atoleiros eram cada vez mais traiçoeiros e só no trago de canha para espantar o frio e muita força de laço, é que retiravam os cargueiros atolados. (...) - TARCÍSIO DELLA JUSTINA - Serranos/suas origens, lutas e conquistas/1728 a 2000 - Edit. Insular/Florianópolis-SC/2002, p. 87.
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