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domingo, 4 de julho de 2010

Morre guia espiritual do Hesbolah

Morre no Líbano 'guia espiritual' do Hezbollah

Clérigo tinha legião de seguidores entre os muçulmanos xiitas; sua influência se estendia até a Ásia Central.


04 de julho de 2010 | 11h 36



O clérigo muçulmano xiita mais influente do Líbano, visto como figura chave na fundação do grupo Hezbollah, morreu aos 74 anos de idade.

O Grande Aiatolá Mohammed Hussein Fadlallah era visto como guia espiritual do Hezbollah depois que o grupo foi fundado em 1982, informação que os dois lados negavam.

Crítico implacável dos Estados Unidos, ele era seguido por muitos xiitas e apoiou a Revolução Islâmica no Irã, em 1979.

Mas ele também era conhecido entre os xiitas por suas visões sociais moderadas. Sua opinião era particularmente progressista em relação ao papel da mulher na sociedade islâmica.

Atentado

Apesar de ser visto pelos Estados Unidos como alguém envolvido com o terrorismo, o Grande Aiatolá Mohammed Hussein Fadlallah era reverenciado no Líbano e em muitas partes do mundo islâmico xiita como o mais elevado guia espiritual.

O aiatolá estava doente há semanas, segundo informações, e estava muito fragilizado para fazer seu sermão semanal das sextas-feiras.

Na última sexta-feira, ele foi internado em um hospital, aparentemente sofrendo de hemorragia interna.

Ao ser anunciada sua morte, a estação de TV do Hezbollah, a rede al-Manar, interrompeu sua programação para transmitir a foto do aiatolá e recitar versos do Corão.

No subúrbio de Haret Hreik, onde Fadlallah pregava na mesquita de al-Hassanayn, foram pendurados panos negros nas janelas em luto, e mulheres choravam copiosamente nas ruas, informou a agência de notícias Associated Press.

Nascido de pais libaneses na cidade sagrada de Najaf, no Iraque, Fadlallah se mudou para o Líbano em 1966, depois de completar seus estudos.

Ele arregimentou seguidores no Iraque e no Líbano, estendendo sua influência à Ásia Central e ao Golfo, afirmou a agência de notícias Reuters.

O clérigo passou a ser visto como o líder espiritual do Hezbollah quando este emergiu como um grupo militante xiita em 1982.

Sua visão convergia com o tom anti-israelense do novo movimento, chamando a atenção sobre o aiatolá tanto do público libanês como das agências de inteligência ocidentais.

Acredita-se que a explosão de um carro bomba em Beirute em 1985, que causou a morte de 80 pessoas, foi uma tentativa de assassinar o líder religioso.

Na época, a CIA foi acusada de estar por trás do atentado, possivelmente em conjunção com outras agências de inteligência regionais simpáticas aos Estados Unidos.

Em seus últimos anos de vida, Fadlallah se distanciou do Hezbollah por causa das ligações do grupo como Irã, mas se manteve um crítico aberto da política americana para o Oriente Médio e Israel.

O clérigo elogiou a eleição do presidente Barack Obama nos Estados Unidos em 2008, mas no ano passado expressou sua decepção com a falta de progresso no Oriente Médio, afirmando que Obama parece não ter planos de levar paz à região.

Fonte: BBC Brasil

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