Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mais termos de marinharia

EMPLASTO

- Peixe semelhante à arraia, que os pescadores da Ilha de SC dizem possuir dois pênis (paus). Tal peixe existe em duas espécies: marcela e branco.

EMPUXO

- Pressão que age normalmente à superfície imersa do casco. (Arte Naval p. 58)

ENCALA

- ILSON WILMAR RODRIGUES FILHO – Dicionário de regionalismos da Ilha de Santa Catarina (e arredores) - Editora Lunardelli e Fund. Franklin Cascaes/Fpolis-SC/1996, pág. 67, registra assim o que grafamos à frente como INCALA.

ENCALHAR (Ver BAIXIO e BANCO DE AREIA)

- Tàn, em Yorubá (nagô).

- (...) Tendo batido no dorso saliente de um baixio, vacila muito tempo, incerto, e fatiga as ondas, depois se desfaz e deixa os homens no meio das ondas (...) - VIRGÍLIO – Eneida - Ediouro Publicações S.A/RJ/11 edição, pág. 165.

ENCAPELAR

- (...) ele se debateu com as ondas encapeladas durante dois dias e duas noites, sempre esperando a morte (...) - HOMERO – A Odisséia - Ediouro Publicações S.A/RJ e SP/1998, pág. 66.

- (...) O vento do sul era frio, e o mar estava ficando encapelado - ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 274. Na pág. 295, há referência a (...) céu encoberto com mar de vagas encapelado e revolto (...)

- Verbo que significa ficar o mar revolto, senão vejamos: (...) vendo que o vento não mudava e que o mar se encapelava, decidiu regressar ao porto do Príncipe, de onde tinha saído. (...) - CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores//SPe RS/1998, pág. 78.

ENCHARROCO

- Espécie de peixe referida pelo Frei SANTA RITA DURÃO - Caramuru - Livraria Martins Fontes Edit. Ltda/SP/2001, pág. 229. Na pág. 332, da mesma obra, há um esclarecimento: (...) encharroco: xarroco, peixe também conhecido como frango do mar.

ENCHENTE (Ver LUA, MARÉ e VASANTE)

- Cast.: entrante; Ing.: flood; Fr.: marée montante.

ENCONTRO (Ver REMADOR)

- 1. Uma das partes da rede de arrastão; 2) Manobra encetada pelo patrão (que se senta à popa ou fica de pé sobre o paneiro da embarcação de pesca), nas canoas bordadas ou batelões da Ilha de SC, para direcionar a embarcação; tem a mesma função de um leme; é dado o encontro sempre com um remo de pá, sendo pressionado contra o costado da embarcação, como se fora uma alavanca, para jogar a popa para o lado oposto, aproveitando-se o patrão da resistência da água ao deslocamento da pá do remo.

ENFRECHADURA (Ver ENFRECHATE)

ENFRECHATE

- Espaço paralelo entre um estai e outro, existente nas enxárcias, onde se situam espécie de degraus de madeira, que alcançam o topo dos mastros. O mesmo que ENFRECHADURA - http://www.geocities.com/osfracoes/vaocabularioNautico.html

ENFUNADA

- Diz-se da vela estufada pela força do vento.

- JOSÉ BOITEUX - Arcaz de um barriga-verde/Águas passadas - Editoras citadas, pág. 142, escreveu: (...) velas enfunadas pela viração do norte (...)

- (...) o vento não estava bastante forte pafra enfunar a vela (...) - JACK LONDON – O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 61.

- VIRGÍLIO – Eneida - Ediouro/RJ-RJ/11ª EDIÇÃO, p. 92: erguer os mastros e enfunar as velas nas vergas (...).


ENGODO (Ver PESQUEIRO)

- Assim é denominado na Ilha de SC o marisco, a ostra ou iscas despedaçadas que se joga ao mar ou ao rio, com o escopo de atrair peixes, criando-se um lugar que funcionará como PESQUEIRO. Antigamente usavam alguns pequenos pedaços de couro de gado ou nervos, para atiçar os peixes. Ocorre que tais pedaços de animais, duros por excelência, resistem ao roubo da isca pelos peixes, aumentando as chances de que venham a enfiar o anzol na boca, durante as tentativas de comer a isca.

ENTRALHAR (Ver VELA)

- Colocar tralhas nas redes, isto é, atá-las fortemente, com fios (chamados INCALAS), ao cabo que suporta os denominados chumbos ou as cortiças. Usa-se o termo também em relação às tarrafas.

- Também dito PALOMBAR, em relação ao entralhar velas, pelos jangadeiros nordestinos.

- Unir uma vela a uma corda contínua mediante costuras. - http://www.geocities.com/osfracoes/vaocabularioNautico.html

ENTRELOPO (Ver INTERLOPE)

- Contrabandista francês de pau-brasil.

ENXÁRCIA (Ver BIGOTA)

Enxárcias - São o conjunto de ovéns, colhedores (cabos que gurnem no poleame surdo para tesarem os ovéns), enfrexates (espécie de degraus feitos de cabos ou madeira que servem para os marinheiros subirem e descerem), sapatas ou bigotas (peças de poleame surdo) - http://www.algarvemenos.com/navega/navega10.html

- Conjunto de cabos que sustentam um mastro ereto. http://www.geocities.com/osfracoes/vaocabularioNautico.html

- FREI VICENTE DE SALVADOR, em sua História do Brasil (Edições Melhoramentos/SP/1954, pág. 54) que engloba o período entre 1500 e 1627, cita o termo, quando cita as Árvores agrestes do Brasil, ressaltando que de algumas se tira estopa para se calafetarem e fazerem cordas para enxárcias.

- ROBERT LOUIS STEVENSON - A Ilha do Tesouro – Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 206, escreveu: A enxárcia é o conjunto do cordame que serve para firmar e manobrar as antenas. Cada mastro tem como suportes laterais os ovéns e como suportes longitudinais os estais. As manobras que correm passam por diversos tipos de polias: moitão de gato, polia de oliva com roldanas, polia simples ou dupla.

- VIRGÍLIO VÁRZEA – Natal a bordo - Editora Lunardelli/Fpolis-SC, na coletânea A canção das gaivotas – 1985, pág. 170.


EPOPÉIA (Ver CAMÕES)

EQUIPAGEM (Ver MAREANTE, MARINHAGEM, MARUJA e ROL DA EQUIPAGEM)

- (...) a equipagem está cansada e quer voltar (...) - O texto revela que equipagem é o conjunto de marinheiros (tripulação) de uma embarcação – PAUL TEYSSIER - O século glorioso, em Lisboa Ultramarina/... – Jorge Zahar Editor/RJ/1992, pág. 22. O trecho que segue, copiado da mesma obra já citada neste verbete (pág. 29 e 30), confirma o que se disse acima: (...) o efetivo total da equipagem era pelo menos de mil e duzentos homens (...).

- Pertence ao capitão escolher e ajustar a gente da equipagem e despedi-la, nos casos em que a despedida possa ter lugar (art. 555), obrando de concerto com o dono ou armador, caixa ou consignatário do navio, nos lugares onde se acharem presentes. O capitão não pode ser obrigado a receber na equipagem indivíduo algum contra a sua vontade. - Código Comercial, art. 499.

- Termo utilizado na seção VI, Cap. I, do Título III, das Ordenações Filipinas

ERUPÇÃO DO MONTE KRAKATOA

- Ilha de Krakatoa, Estreito de Sunda, Indonésia, 26 e 27 de agosto de 1883: 36.417 mortos. As ondas gigantescas formadas pelo Krakatoa, que atingiram de 30 a 40 metros de altura, engoliram aproximadamente 300 vilas costeiras e portos (...). O navio canhoneiro holandês Berow, ancorado no Porto Telok Betong, na Sumatra, foi atingido pelo tsunami de Krakatoa, suspenso no ar e atirado a mais de um quilômetro e meio do porto, numa floresta no interior da Ilha de Sumatra.


ESCALER

- Espécie de embarcação a que se refere EDUARDO SAN MARTIN (in Terra à Vista – Artes e Ofícios – P. Alegre-RS/1998, pág. 19.

- JOSÉ BOITEUX - Arcaz de um barriga verde – FCC Edições/ Edit. da UFSC/Academia Catarinense de Letras – Fpolis-SC/1993, p. 106, registrou: (...)sairá, do trapiche da praça, em voga larga, o escaler (...)

ESCAMADOR

- Na Ilha de SC, um estrado de madeira, suspenso sobre quatro pés até a altura do umbigo, aproximadamente, de que se valem os pesacdores e/ou suas mulheres para a limpeza dos peixes, isto é, remoção das escamas (ou couro), vísceras e outras partes não comestíveis (pontas do rabo, nadadeiras, esporões, cabeça, por esxemplo).

ESCAMAR

- Remover as escamas do peixe, o que é feito, via de regra, com auxílio de uma faca.

- (...) Um soldado, depois de ter apanhado vários peixes de bom tamanho, pôs-se a escamá-los (...) - VISCONDE DE TAUNAY – Memórias – Edição preparada por Sérgio Medeiros/Editora Iluminuras Ltda/SP-SP/2005, p. 213.

ESCARAMUÇA NAVAL

- Mais uma vez citando CARDIM, DARCY RIBEIRO - O povo brasileiro/A formação e o sentido do Brasil - Comp. das Letras/SP/2002, pág. 190, transcreveu: (...) Houve uma grande festa de escaramuça naval (...).

ESCORBUTO (Ver MAL DAS GENGIVAS)

- Sintomas descritos pelo navegador Vasco da Gama: (...) muitos de nossos homens adoeceram neste período. Os pés e as mãos inchavam, e as gengivas cresciam tanto sobre os dentes que não podiam comer - EDUARDO BUENO - O descobrimento das Indias/O diário de viagem de Vasco da Gama - Editora Objetiva/1998, pág. 55.

ESCOTA (Ver CAÇAR ESCOTA e ESCOTEIRO)

- Cast.: escota; Ing.: sheet; Fr.: écoute.

- VIRGÍLIO – Eneida - Ediouro/RJ-RJ/11ª EDIÇÃO, p. 92: (...) a um só tempo largaram as escotas (...)

ESCOTEIRO (Ver ESCOTA)

- Pequena peça de madeira, com um pequeno corte central e um furo para passar a escota.

ESCOTILHA (Ver ALBOI)

- Abertura na cabina ou convés. Apresenta-se como uma espécie de tampa de alçapão ou como pequeno postigo - - http://www.geocities.com/osfracoes/vaocabularioNautico.html

ESCOTILHÕES

- Pequenas aberturas no convés usadas para a passagem de pessoas. De dimensões menores que uma escotilha. Nos navios mercantes as aberturas que servem para a passagem do pessoal chamam-se escotilhões. (Arte Naval p. 27 1-84)

ESCOVÉM

- Orifício de metal, que une o costado ao convés, permitindo a passagem da âncora. - http://www.geocities.com/osfracoes/vaocabularioNautico.html

- Serve de passagem para a amarra e de alojamento para a âncora, se esta for do tipo patente. (Arte Naval - p. 560 10-26)

ESCRAVOS PESCADORES

- Citando o padre Cardim, DARCY RIBEIRO - O povo brasileiro/A formação e o sentido do Brasil - Comp. das Letras/SP/2002, pág. 186, transcreveu: (...) com todo gênero de pescado e mariscos de toda sorte, dos quais sempre têm a casa cheia, por terem deputados certos escravos pescadores para isso (...)


ESCUNA (Ver SCHOONER)

- Desenho de uma escuna pode ser encontrado na obra de ROBERT LOUIS STEVENSON - A Ilha do Tesouro - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 80.

- Cast.: goleta; Ing.: Schooner; Fr.: goélette.


ESPADA (Ver PEIXE-ESPADA)

- Segundo o senhor Manoel do Augusto a espécie, a exemplo da SARDINHA, não é encontrada no mar do RS, embora abundem ambas em SC.

ESPADARTE

Nome Popular
Espadarte/Swordfish

Nome Científico
Xiphias gladius

Família
Xiphiidae

Distribuição Geográfica
Não é muito freqüente no Brasil, mas pode ser encontrado de Norte a Sul, especialmente na região Norte.

Descrição
Apenas os indivíduos jovens apresentam escamas, bastante diferentes, que desaparecem gradualmente com a idade. O corpo é alongado e fusiforme. A principal característica, e que lhe dá nome, é o prolongamento do maxilar superior, como se fosse uma longa espada. Outra característica é uma quilha no pedúnculo da nadadeira caudal. A coloração é cinza azulado ou castanho na metade superior do corpo e marrom claro ou esbranquiçado na parte inferior. Alcança cerca de 4m de comprimento total e 500kg.

Ecologia
Vive em alto mar e em áreas costeiras, tanto na superfície quanto no fundo. Peixe migrador, normalmente é solitário e não permanece na mesma área por muito tempo. Pode nadar próximo à superfície, expondo a nadadeira dorsal e parte da caudal. É muito agressivo e ataca presas pequenas e grandes. Alimenta-se principalmente de peixes de cardumes, crustáceos e lulas. A carne é considerada excelente, embora não seja comum nos mercados. Como é difícil de capturar e luta muito, é bastante apreciado na pesca esportiva oceânica.

Equipamentos
Equipamento do tipo "barra pesada" para pesca oceânica. As varas devem ter passadores com roldanas e as carretilhas devem ter capacidade para armazenar pelo menos 500m de linha. Só é capturado no corrico.

Iscas
Iscas naturais, como peixes voadores, farnangaios e atuns, e iscas artificiais. As iscas artificiais preferidas são as grandes lulas, mas algumas vezes atacam os plugs de meia água.

Dicas
Por melhor que seja o equipamento, se não houver calma, experiência e uma boa equipe, os peixes não serão embarcados. Muito cuidado ao trazer o peixe para o barco, porque o bico em forma de espada pode ser bastante perigoso. (Fonte – IBAMA.GOV.BR)

- Destas bestas marinhas há grande cópia por aqui. São ferozes e têm uma tromba como espada, toda cheia de dentes ao redor, muito agudos e tão grandes como de cão. Com essas trombas fazem cruel guerra às baleias, porque dão-lhes tantas pancadas que é coisa de espanto, e dessa forma se encontram muitas mortas e em pedaços por essas praias. Os gentios usam dessas trombas para açoitarem os filhos e lhes meterem medo quando são desobedientes. O espadarte ataca também as canoas dos gentios, serrando-as por baixo com sua tromba, assim como o Diabo nos ataca vindo das profundezas do inferno. Porém, com os espadartes não adiantam as orações como na luta contra o Anjo Rebelde, e apenas a golpes de machadinha é que se consegue afastar o monstro. E assim é na vida, pois há seres malignos que afastamos com a fé, mas há outros que somente afastamos a pauladas. - COSME FERNANDES - Liber monstrorum de diversis generibus - citado por JOSÉ ROBERTO TORERO e MARCUS AURELIUS PIMENTA – Terra Papagalli – Editora Objetiva/RJ/2000, pág. 118.

ESPARDEQUE (Ver SPARDECK)

ESPELHO (Ver SOBRE-ESPELHO)

ESPIAS

- Cabos que amarram um navio a um cais ou a outro navio. Devem ser leves, flexíveis e resistentes à tensão; podem ser feitos de aço, nylon, fibras ou mistos. (Arte Naval p. 626 12-23)

ESPINHA

- Entre os araucanos, fodii

- Espinha de peixe que entala na garganta é dos episódios mais incomodativos e perigosos. Na Ilha de Santa Catarina, quando os dedos não tinham acesso a ela, comia-se farinha seca no afã de destrancá-la e mandá-la intestinos abaixo. O VISCONDE DE TAUNAY - Memórias - Edição preparada por Sérgio Medeiros – Edit. Iluminuras Ltda/SP-BR/2005, p. 188, registrou: (...) Ali me incomodou bastante uma espinha bifurcada de peixe, que engoli e ficou encravada não sei bem onde, parecendo-me no fundo da garganta. Passei dias de verdadeiro suplício e muitas vezes acordava, alta noite, como que sufocado e a imaginar mil desgraças e horrores. Afinal, dias depois, o Dr. Jesus observou no céu da boca um abcessozinho e dele extraiu com uma pinça aquela espinha, que era grande e farpada e me causara tanto incômodo. (...)

ESPINHEL (Ver PANDORGA e PESCA)

- Aparelho de pesca, dotado de muitos anzóis, nos quais são colocadas iscas. Os anzóis são presos a distâncias regulares uns dos outros, por meio das chamadas alças, em um fio-mestre, cujas pontas vão atadas a uma poita (de pedra ou âncora de ferro), de sorte que o conjunto, lançado ao mar, não seja arrastado pelas correntes para lugar desconhecido do pescador. Via de regra, os espinhéis são lançados ao mar no final da tarde e deixados a pescar até a manhã seguinte, quando o pescador vai vê-los e retirar os peixes capturados pelos anzóis, repondo as iscas comidas e deixando-os nágua ou retirando-os para tornar a colocá-los na tarde seguinte. O espinhel pode ser colocado a meia-água ou à flor dágua. Sua localização ocorre graças a duas bóias (porongos ou pedaços de isopor) que o pescador ata às suas pontas. Nas águas que circundam a Ilha de SC, em decorrência da proliferação de embarcações a motor (mormente das lanchas movidas por motor de popa, ditas “Voadeiras”), que cortam o aparelho com suas hélices, este tipo de pesca tende a desaparecer, posto que o pescador, para não vê-lo danificado, tem de permanecer de plantão, avisando as embarcações que se aproximem e aí a perda de tempo é muito grande. É também conhecido como ESPINEL ou GROSEIRA.

- É, provavelmente, o que BARTOLOMÉ DE LAS CASAS - Historia de Las Indias - Fondo de Cultura Economica/México/1995, vol. II, p. 286, intitulou de (...) anzuelos de cadena (...)

ESQUADRA (Ver ARMADA e FROTA)

- Coletivo de navios.

- Òwó-okò, em Yorubá (nagô).

ESQUALO (Ver TUBARÃO e YPERUPINIMA)


ESQUIFE

- 1. Espécie de embarcação. Termo usado por ROBERT LOUIS STEVENSON - A Ilha do Tesouro - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 162. Nas competições náuticas a remo, trata-se de pequeno barco acionado por um só remador (sem patrão ou proeiro), que se utiliza de dois remos.

- 2. (...) esquifes amarrados na popa (...) – JACQUELINE PENJÓN e ANNE-MARIE QUINT– Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil, em Lisboa Ultramarina/ ... - Jorge Zahar Editor/RJ/1992, pág. 147. Aqui o sentido é outro.

ESTABILIDADE DE PLATAFORMA (Ver BALANÇO, BANDOLEIRA e MALUCA)

- Uma das qualidades náuticas da embarcação.

ESTAI (Ver ENXÁRCIA)

- Estais - São cabos fixos que servem para aguentar os mastros e mastaréus de proa à popa. http://www.algarvemenos.com/navega/navega10.html

- (...) continuavam a trepar pelos estais à força dos braços (...) - JACK LONDON – O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 181.

- VIRGÍLIO VÁRZEA, escrevendo Terrível blasfêmia/ conto publicado junto com A canção das gaivotas - Editora Lunardelli/Fpolis-SC/1985, pág. 205, refere-se ao estai da bujarrona.

- Cast.: estay; Ing.: forestay; Fr.: étai.

ESTANQUE

- Cast.: estanco; Ing.: Tight ou water proof.

- Sem fendas ou aberturas por onde entrem ou saiam líquidos. Convés estanque - É o convés construído de modo a que este seja perfeitamente estanque à água, tanto de cima para baixo, como de baixo para cima. (Arte Naval p. 22 1-56 u)

ESTANQUEIDADE

- Qualidade de estanque. É a propriedade que deve possuir o casco de permanecer intransponível pela água em que flutua, - qualquer que seja o estado desta. (Arte Naval p. 225 5-28 a.3)

ESTEIRA

- No sentido de água revolta que a embarcação deixa atrás de si, foi utilizada pelo Frei SANTA RITA DURÃO - Caramuru – Liv. Martins Fontes Editora Ltda/SP/2000, pág. 329.

ESTEIRAS DE PALMA

- Uso como velas - EDUARDO BUENO - O descobrimento das Indias/O diário de viagem de Vasco da Gama - Editora Objetiva/1998, pág. 169.

- Cast.: pujamen; Ing.: foot; Fr.: bordure.

ESTEIRO

- Estuário, em Galego.

- (...) a sondarem as baías e esteiros (...) - SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA – História da Civilização Brasileira/Do descobrimento à expansão – Edit. Bertrand Brasil Ltda/RJ/2003 – vol. 1, p. 252.

- Da grafia registrada por Miguel Brito, o IBGE, na Enciclopédia dos Municípios, em 1955, sugere mais duas possibilidades. Camboriú teria vindo de camburu, que de acordo com Montanova, significa chaparro ou sobro – árvore de pequena altura, cuja madeira seve para lenha. A outra possibilidade teria se originado de um étimo latino “cambore”, derivado de gamboa ou camboa, que segundo Cândido de Figueiredo, é um “pequeno esteiro que se enche com o fluxo da maré e fica em seco com o refluxo” (FIGUEIREDO, 1949, p. 1282). http://64.233.187.104/search?q=cache:XhkVu7NJj2cJ:www.camboriu.sc.gov.br/arquivo/main.cfm%3Ftoda%3D1+ESTEIRO+DICION%C3%81RIO&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=39&client=opera

- SIMÃO DE VASCONCELOS – Notícias curiosas e necessárias das cousas do Brasil – 1668 - Livro Primeiro – nº 60, reporta-se à Caitania de S. Vicente e noticia: divide-se esta da de S. Amaro (...) mediante o esteiro da Vila de Santos (...)

ESTIBORDO (Ver BOMBORDO)

- Cast.: estribor; Ing.: starboard; Fr.: tribord.

ESTINGUES

- Estingues - São cabos de laborar, que servem para carregar os punhos das escotas aos lais ou aos terços das vergas http://www.algarvemenos.com/navega/navega10.html

ESTIVA (Ver ROLO)

- Espécie de lasca de imbaúva, que se coloca sobre a areia da praia, no afã de facilitar o recolhimento das embarcações de quilha, que são colocadas sobre ela e assim deslizam com menor atrito. Alguns pescadores engraxavam ou ensebavam a estiva por cima, diminuindo, ainda mais, a resistência ao deslocamento da embarcação cômoro acima.

ESTIVADOR

- Akérù, em Yorubá (nagô)

ESTOFO DA MARÉ

- Antes das águas inverterem seu movimento ascendente para descendente, ou vice-versa, existe um breve período, variável de local para local, em que as “águas param”. Este período é chamado de “estofo da maré” - GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS – Navegar é fácil - Editora Catau//RJ/2001, pág. 23.

ESTOPA DE CALAFETAR

- Ètútú-Okùn,, em Yorubá (nagô).

ESTOPA-PAU

- PAULO JOZE MIGUEL DE BRITO - Memória política da Capitania de Santa Catarina – RJ/1929, nº 121: (...) Da casca de um arbusto, a que neste país chamam estopa-pau, extraem os habitantes uma certa estopa, de que se servem para calafetar embarcações; e a experiência tem mostrado ser mui própria para as obras que devem estar debaixo d’água (...)

ESTORE

- (...) Feche a porta e desça os estores (...) - JACK LONDON – O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 104.

ESTROPO (Ver FORQUETA, REMO DE VOGA e TOLETE)

- Espécie de argola feita com uma tira de couro cru ou de corda, que os remadores de canoas bordadas de pesca, da Ilha de SC, usam para manter o remo de voga preso ao TOLETE.


EXPLOSÃO DE PORTO

- 16 e 176 de abril de 1947 - STEPHEN J. SPIGNESI – As 100 maiores catástrofes da História – Edit. Bertrand Brasil Ltda/RJ2006, p. 300 e seguintes, aponta as seguintes conseqüências: 552 mortos; 100 milhões de dólares de prejuízo. Causa provável: um cigarro aceso atirado ao léu.

EXXON VALDEZ

- Canal Príncipe William, Estado do Alasca – 24 de março de 1989 – 3,03 a 8,03 bilhões de dólares em prejuízo. 40,8 bilhões de litros de petróleo bruto vazaram nas proximidades dos recifes em Bligh. As espécies naturais mais atingidas foram aves, como mergulhões do-norte, corvos de variados tipos, patos selvagens, além de focas, baleias orças, lontras e, ainda, moluscos e peixes como salmões e arenques. Muitas horas após o acidente, o Capitão Hazelwood foi submetido a um teste sangüíneo que revelou a presença de álcool no seu sangue. (...) - STEPHEN J. SPIGNESI – As 100 maiores catástrofes da História – Edit. Bertrand Brasil Ltda/RJ2006, p. 439. A companhia propietária do petroleiro (Esso) foi multada em 150 milhões de dólares, mas devido ao seu esforço para mitigar os danos à natureza, teve perdoados nada menos que 125 milões de dólares.



Nenhum comentário: