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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Linguagem de marinharia (dos meus arquivos)

À CAPA (Ver CALMARIA e CAPA)

- (...) começaram a derreter gordura de foca para obter o óleo a ser derramado no mar para o caso de precisarem ficar à capa durante a viagem, parados de frente para o vento, devido às condições climáticas extremamente ruins. (...) - ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 242. Nas págs. 298 e 305, da mesma obra, a expressão esta repetida.

À MATROCA

- Expressão usada por VIRGÍLIO VÁRZEA, escrevendo Terrível blasfêmia/conto publicado junto com A canção das gaivotas - Editora Lunardelli/Fpolis-SC/1985, pág. 224: (...) deixaram o barco à matroca (...).

A TODA VELA (Ver A TODO VAPOR e DE VENTO EM POPA)

- Em velocidade máxima.

- (...) nós vimos um grande navio esgueirando-se pela entrada do porto, mas quando ele nos viu, voltou ao mar aberto a toda vela (...) - SHELVOCKE, em 1719 - Ilha de Santa Catarina/Relato de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX – Editora Lunardelli e Editora da UFSC/1990, pág. 36.

A TODO VAPOR (Ver A TODA VELA e DE VENTO EM POPA)

A VANTE

- Para frente. A expressão faz parte do Hino ...: a vante camaradas ...

ÃATÁ

- Canoa feita com casca de madeira dos índios da Amazónia.

http://www.prof2000.pt

ABACATAIA

- Peixe de água salgada, parecido com o peixe-galo.

ABANDONO DE EMBARCAÇÃO

- Há toda uma romântica notícia de que o capitão é sempre o último a abandonar uma embarcação que esteja indo a pique. Mas GIULIA LANCIANI – Uma história trágico-marítima, em Lisboa Ultramarina/ ... - Jorge Zahar Editor/RJ/1992, pág 80, escreveu: (...) quando o barco naufraga a grande distância da costa, geralmente os primeiros a tentarem se salvar são o capitão, os oficiais e alguns raros privilegiados que tomam lugar nas embarcações e até defendem pelas armas a posição conquistada. (...).

- Código Comercial Brasileiro, de 1850, art. 508: É proibido ao capitão abandonar a embarcação, por maior perigo que se ofereça, fora do caso de naufrágio; e julgando-se indispensável o abandono, é obrigado a empregar a maior diligência possível para salvar todos os efeitos do navio e carga, e com preferência os papéis e livros da embarcação, dinheiro e mercadorias de maior valor. Se apesar de toda a diligência os objetos tirados do navio, ou que nele ficarem se perderem ou forem roubados sem culpa sua, o capitão não será responsável.

ABANDONO DE VIAGEM

- Código Comercial, art. 546.

ABARANA (Ver UBARANA)

- Chamado pelos nativos de Ratones de banana e pau-de-cavalo.

ABICADA (Ver DERRABADA e TRIMADA)

- Diz-se da embarcação em desequilíbrio, no sentido popa-proa, isto é, parcialmente mergulhada de BICO DE PROA.

ABITA (?)

- Palavra citada por JACK LONDON – O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 126.

ABORDAGEM

- Ver LEW WALLACE – Ben-Hur/Uma história dos tempos de Cristo - Editora Martin Claret Ltda/SP-SP/2006, p. 140, nota 8, de rodapé.

ABRAÇADEIRAS

- São cabos de laborar empregados nos navios redondos que tenham vergas dobradas ou partidas, servindo de amantilhos às vergas baixas. O aparelho dos paus de surriola e de carga fazem parte do massame de laborar e bem assim o aparelho dos turcos. O aparelho do pau de surriola, compõe-se de amantilho (serve para o arriar ou içar). Gaios (servem para o aguentar de vante para a ré), patarrazes (servem para o aguentar de ré para vante), cabo de vaivém (serve para os marinheiros se segurarem, quando necessitam de saltar para as embarcações que estão amarradas), escada do quebra-costas (serve para as guarnições das embarcações subirem ou descerem por elas, quando estejam amarradas ao pau), andorinhos (um ou dois em cada pau, possuindo um sapatilho no chicote inferior para nele amarrar a embarcação). O aparelho dos paus de carga compõe-se de amantilho e guardins que servem para puxar o pau para bombordo ou estibordo. http://www.algarvemenos.com/navega/navega10.html

ABRIGO (Ver ANCORADOURO, BAÍA, ENSEADA e MOLHE)

ACACHAPAMENTO

ACIDENTE DE NAVEGAÇÃO (Ver FATO DE NAVEGAÇÃO e INQUÉRITO)

ACIDENTES MARÍTIMOS

Acidentes Marítimos

Sobre as atualizações dos dados contidos nesta página, ver "Uma palavra em 2004".

As considerações feitas anteriormente em relação aos acidentes aéreos e ferroviários, sobre as dificuldades de se avaliar o aumento destes em termos relativos, são válidas também para os acidentes marítimos. O número de embarcações civis têm, inclusive, até caído em todo o mundo, em razão do desenvolvimento das rodovias, das ferrovias e da aviação.

De qualquer forma, enquanto que na segunda metade do século XIX ocorreram 28 grandes acidentes marítimos, nos quais cerca de 10.600 pessoas perderam a vida, na primeira metade do século XX haviam sido registrados 37 grandes naufrágios, e na segunda metade do século, até setembro de 1996, ocorreram mais 39 grandes desastres com navios, em que morreram aproximadamente 41.250 pessoas.

Também para os acidentes marítimos valem as observações anteriores referentes aos efeitos retroativos de um mesmo tipo de carma, que faz com que várias pessoas sofram um acidente único e até tenham o mesmo tipo de morte. A diferença é que no naufrágio de uma embarcação de grande porte muito mais pessoas morrem conjuntamente. Há registros de naufrágios em que morreram mil, três mil e até seis mil pessoas1. No nosso século, até 1996, haviam ocorrido dez "super-naufrágios" (com mil mortes ou mais cada um) que mataram aproximadamente 19.700 pessoas.

Num dos desastres mais conhecidos, o do navio britânico Titanic em 15 de abril de 1912, que afundou em sua viagem inaugural ao bater num iceberg, morreram 1.503 pessoas. Era um transatlântico luxuosíssimo, considerado extremamente seguro. A confiança na segurança do navio era tanta que não havia botes em número suficiente para os passageiros (e, segundo parece, também bóias salva-vidas). Antes de partir para a sua primeira e última viagem, um funcionário do governo britânico exclamou: "Este, nem Deus afunda!…"

Um aspecto de fundamental importância em nossa época refere-se aos grandes desastres ecológicos causados por navios petroleiros em vários pontos dos oceanos. Tem-se verificado um aumento da tonelagem total, embora o número de navios tenha permanecido constante. Existem petroleiros de mais de 500 mil toneladas, verdadeiros monstros marinhos, que causam problemas de circulação, recepção e, principalmente, de segurança.

Para poder fazer circular seus navios mercantes, principalmente petroleiros, sem precisar atender às rígidas normas de segurança impostas por vários países, muitos armadores recorrem às chamadas "bandeiras de aluguel". Eles registram suas sucatas flutuantes em países que não se interessam pelos problemas dessas embarcações, como o Panamá, a Libéria e ainda outros. Pagam algumas taxas, muitíssimo menores do que teriam de gastar para adequar seus navios aos requisitos mínimos de segurança, e passam a singrar os mares sob a bandeira daquele país. É evidente que o país que forneceu dessa forma a sua bandeira (por isso é chamada bandeira de aluguel) não se responsabiliza de forma alguma por qualquer acidente que venha a ocorrer com o navio.

Essa situação esdrúxula faz com que a Libéria, pequeno país da África com renda per capita de 450 dólares anuais (1987), tenha a maior frota mercante do mundo, com 62 milhões de toneladas de arqueação2. Em 1989, as divisas obtidas pela Libéria com a prática da bandeira de aluguel responderam por 41% do seu Produto Interno Bruto. Esse desempenho econômico é suficiente para sobrepujar os escrúpulos do governo liberiano, que não se importa em ver o nome do país associado à maioria dos acidentes da marinha mercante mundial. A seguir, os últimos exemplos disso:

Em fevereiro de 1996, um petroleiro "liberiano" derramou cerca de 70 mil toneladas de petróleo nas costas do País de Gales, mais que o dobro do óleo derramado na tragédia ecológica causada pelo navio Exxon Valdez no Alasca, em 1989. Em março, um navio de "bandeira liberiana", carregado com 950 toneladas de óleo tóxico, encalhou num porto do Estado de Santa Catarina, no Brasil. Em dezembro, outro navio cargueiro de "bandeira liberiana" se chocou contra um centro comercial às margens do rio Mississipi, nos Estados Unidos, ferindo 140 pessoas. Uma testemunha que sofreu apenas ferimentos leves relatou suas impressões: "Eu vi o barco vindo na nossa direção. Pensei que só fosse atracar. Então, percebi que estava fora de controle e o vi atravessar a vitrine de uma loja e o teto cair sobre nossas cabeças."

O Panamá também contribui com sua frota de ferrugem flutuante para as estatísticas de acidentes com navios. Em julho de 1997, um petroleiro "panamenho" encalhou na Baía de Tóquio e derramou 1.315 toneladas de óleo cru no mar, formando uma mancha de 5,5 quilômetros de extensão.

No nosso século, até início de 1997, houve 25 grandes derramamentos de óleo no meio ambiente, principalmente no mar. Todos esses grandes derramamentos ocorreram a partir da década de 60, mais precisamente a partir de 1968. Estima-se que, no total, esses grandes derramamentos tenham sido responsáveis por algo em torno de 3,5 milhões de toneladas de óleo derramados, ou 3,9 bilhões de litros de óleo, uma quantidade que não é possível imaginar.

Sempre que um petroleiro derrama óleo no mar o dano é gigantesco. Algumas formas de vida marinha já foram extintas apenas devido a isso. Quando o óleo atinge a água do mar ele espalha-se pela superfície e forma uma camada compacta que leva anos para ser absorvida. Isso impede a oxigenação da água, matando a fauna e a flora marinhas e alterando o ecossistema. De acordo com o explorador Jacques Cousteau, a poluição oceânica está danificando a membrana ultra fina da superfície, chamada neuston, que desempenha um papel crucial na captura e estabilização do suprimento de alimentos para o menor organismo marinho existente, o fitoplâncton, que como já descrito constitui a base da cadeia alimentar marinha. Estima-se que sejam despejadas anualmente nos oceanos cerca de um milhão de toneladas de óleo apenas devido a vazamentos de poços, terminais portuários e limpeza dos tanques dos petroleiros3.

Os acidentes com petroleiros lançam invariavelmente grandes quantidades de óleo nos oceanos, cujos danos não podem absolutamente ser avaliados. A justiça terrena até tenta fazer essa avaliação, mas não pode haver compensação financeira para um tal crime ecológico.

Como, então, uma indenização de cinco bilhões de dólares, imposta à empresa petrolífera americana Exxon, poderia cobrir os danos ao meio ambiente decorrentes do vazamento de óleo do navio Exxon Valdez no Alasca, onde foram derramados mais de 34 mil toneladas de petróleo, formando uma mancha que se estendeu por mais de 70 quilômetros? Não há dinheiro no mundo que possa pagar um crime cometido contra a natureza.

E os vazamentos indeterminados? Quem se responsabiliza? Em agosto de 1997, o nordeste brasileiro foi contaminado com uma mancha de óleo de 160 quilômetros de extensão, sem que tenha sido possível determinar a sua origem.

Além da ocorrência de grandes naufrágios, com centenas de mortos, os pequenos acidentes marítimos continuam a ocorrer em todo o mundo. De maio de 1995 a maio de 1996 ocorreram 22 "pequenos acidentes" (considerados dignos de uma curta menção nos jornais brasileiros), que deixaram um saldo estimado de 1.587 mortes. Num desses naufrágios, ocorrido em Bangladesh, morreram 73 pessoas que tentavam escapar das regiões inundadas no norte do país…

Contudo, a imensa maioria dos acidentes marítimos em todo o mundo não é noticiada. Só para se ter uma noção dessa quantidade, no Brasil, de acordo com dados da Diretoria de Portos e Costas, foram registrados no período de janeiro de 1985 a maio de 1995, 1.932 acidentes marítimos em águas brasileiras, que deixaram um saldo de 597 mortos e 256 feridos.

Também com naufrágios os já conhecidos "recordes" se sucedem. Em 28 de setembro de 1994 ocorreu aquele que foi chamado "o pior desastre marítimo na Europa em tempos de paz": Um ferry-boat que fazia o trajeto entre a Estônia e a Suécia afundou no mar gelado, matando 1.049 passageiros. Os trechos a seguir foram extraídos de uma reportagem veiculada pela revista Veja na época, que permitem reconhecer a atuação imperturbável da Lei da Reciprocidade:

"O espanto em face da rapidez com que um barco grande, moderno, poderoso e bem equipado afundou numa tempestade apenas moderada só foi superado pela consternação causada na Suécia diante do número de seus mortos — cerca de 600, a maior catástrofe do país no século [grifo meu]. (…) A temperatura da água (11 graus) e as ondas dizimaram as cerca de 200 pessoas que escaparam do navio. Apenas 141 foram recolhidas na manhã cinza e tempestuosa de quarta-feira nas operações de resgate. Várias pessoas morreram por hipotermia ainda a caminho dos hospitais. (…) O Estônia tinha sido inspecionado ainda em agosto por uma das cinco maiores firmas do mundo especializadas em segurança de navegação. Recebeu um certificado altamente positivo (coeficiente de 95%), autorizando-o a operar naquela área do Báltico sem nenhuma modificação até 1999."

Em fevereiro de 1993, num dos "piores desastres deste tipo já registrados", um barco naufragou no Haiti e matou pelo menos 500 pessoas. Em janeiro de 1997, um petroleiro russo se partiu em dois e provocou "um dos piores vazamentos de petróleo da história do Japão". Em março de 1997, cerca de 60 mil barris de petróleo vazaram de um petroleiro grego no Golfo do México, "num dos mais graves acidentes do tipo já registrados no país. Em setembro de 1997, um outro naufrágio no Haiti matou entre 300 e 400 pessoas. Em outubro de 1997, um choque entre um petroleiro do Chipre e um cargueiro da Tailândia lançou 25 mil toneladas de petróleo no estreito de Cingapura, no "pior derramamento de óleo da história do país."

Notas de Texto

1. O "recorde" de mortes num único naufrágio ocorreu no final da Segunda Guerra Mundial, quando um navio alemão afundou nas costas da Polônia atingido por um torpedo soviético. Morreram aproximadamente 7.700 pessoas. voltar

2. Tonelada de arqueação: unidade de medida da capacidade volumétrica de um navio, correspondendo a 2,83m³. voltar

3. Essa estimativa refere-se a vazamentos "comuns", sem levar em conta os catastróficos, como o ocorrido numa plataforma petrolífera no Golfo do México em 3 de junho de 1979. Dois meses após este acidente, a mancha de óleo atingia 640 Km, tendo sido controlada apenas em fins de março de 1980, após uma perda estimada de 10,2 milhões de barris.

http://pechincha.com.br

AÇO (Ver ALUMÍNIO, BORRACHA, FIBRA DE CARBONO, FIBRA DE VIDRO e MADEIRA)

ACOSTAR

- Cast.: amarrar; Ing.: mooring; Fr.: amarrage.

ACRESCIDOS DE MARINHA (Ver ATERRO, LINHA DE JUNDU, LINHA DO PREAMAR MÉDIO e TERRAS DE MARINHA)

ADERNAR

- Tombar, ficar a embarcação desequilibrada, dar o bordo à superfície da água. Situação de extremo perigo, que pode engendrar naufrágio. EDUARDO SAN MARTIN (in Terra à Vista – Artes e Ofícios – P. Alegre-RS/1998, pág. 83, noticiou: (...) A caravela portuguesa adernou suavemente e foi afundando aos poucos (...).

ADIANTAMENTO POR CONTA DE SOLDADA (Ver SOLDADAS)

- Código Comercial Brasileiro, art. 467, inc. IV.

ADOLPHUS GREELY

- O explorador americano Adolphus Greely passou os anos de 1881 a 1884 no Ártico. Dezessete de seus 24 homens morreram de fome quando o navio de resgate não conseguiu chegar até onde estavam - ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 135, nota de rodapé nº 2.

ADRIÇA

- ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 341, reporta-se à adriça do remo.

- Cabo que é usado nos barcos, tendo a função de içar velas, galhardetes ou vergas nos mastros. – http://www.geocities.com/osfracoes/vocabularioNautico.html

- (...) fora mandado subir pelas adriças, para arrumar a vela. (...) - JACK LONDON – O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 61.

- Cast.: driza; Ing.: Haylard; Fr.: drisse.

AEROBARCO (Ver HOVERCRAFT)

14/07/2003 - 19h31

Prefeitura usa aerobarco para espalhar larvicida no rio Pinheiros

da Folha Online

A Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de São Paulo começou hoje a espalhar larvicida biológico nas margens do rio Pinheiros para combater pernilongos. A aplicação do larvicida é feita por meio de aerobarcos doados por empresários.

O aerobarco desloca-se com uso de hélice propulsora aérea, sobre qualquer tipo de terreno: pântano, água, charco ou águas com pouca profundidade. Como não dispõe de hélice subaquática, não há risco de ser danificado ou ficar emaranhado ou preso.

Hoje, a aplicação foi feita no canal superior ro rio, entre a usina de Traição e o canal de Guarapiranga. Amanhã, será a vez do canal inferior, entre a usina de Traição e o Cebolão, cobrindo toda a extensão do rio.

De acordo com a prefeitura, será feito semanalmente o monitoramento do rio para avaliação de resultados. A operação deve ser repetida a cada 30 dias.

Ainda segundo a prefeitura, para controle do mosquito adulto, o Centro de Controle de Zoonozes aplica diariamente inseticida nas margens pela manhã e no final de tarde e a EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) corta a a vegetação marginal. Isto é necessário, porque as águas do Pinheiros são paradas e altamente poluídas, condições ideais para proliferação do mosquito.

- Um acidente marítimo deixou nesta terça-feira à noite 40 pessoas feridas, sendo 32 com ferimentos leves e duas em estado grave, na Baía de Guanabara, próximo à estação Niterói, no Rio de Janeiro. Um aerobarco, chamado "Flecha das Ilhas", da empresa de transporte marítimo Transtur bateu em um rebocador que carregava combustível. Não houve vazamento.

De acordo com a Transtur, 45 pessoas estavam no aerobarco. Os feridos foram levados para a Praça XV, de onde foram removidos para hospitais da região. Os mais graves acabaram levados para o Hospital Souza Aguiar. Duas pessoas tiveram traumatismo craniano.

A embarcação catamarã Jumbo Cat 2, da Transtur, auxiliou na remoção dos feridos e no transporte das equipes de resgate. Conforme informações do Corpo de Bombeiros, a maioria dos feridos em estado grave é de idosos.

Os passageiros do aerobarco afirmaram que a velocidade da embarcação, que faz o trajeto Rio-Niterói, era normal, e que o rebocador navegava sem luzes pela Baía de Guanabara.

JB Online

AEROFLUTUANTE (Ver HOVERCRAFT)

AFOGAR (Ver MERGULHO e NATAÇÃO)

- Cast.: ahogar; Ing.: drowning; Fr.: noyade.

AFRETAMENTO (Ver FRETAMENTO e RESPONSABILIDADE CIVIL)

AFUNDAR (Ver ACIDENTE, NAUFRÁGIO e SOÇOBRAR)

Mortos em acidente de balsa em Bangladesh podem chegar a 400

07:48 09/07

DACA (Reuters) - Mais de 400 pessoas podem ter morrido afogadas quando uma balsa superlotada afundou em um rio de Bangladesh, disseram autoridades na quarta-feira.

A balsa Nasreen seguia de Daca para a cidade de Barisal, no sul do país, quando mergulhou no rio Meghna, na cidade de Chandpur, a 170 quilômetros a sudeste da capital.

A balsa levava 600 passageiros, o dobro da capacidade permitida, além de carga -- que não tinha permissão para transportar.

Um sobrevivente disse que viajava no teto da embarcação e caiu na água quando o barco começou a afundar, na noite de terça-feira.

"A balsa virou de repente. Começou a afundar pela proa e eu pulei para o rio", disse Samir Chandra Adhikari.

Ele disse que nadou mais de 100 metros até a margem.

Baktiar Alam, superintendente da polícia de Chandpur, disse à Reuters por telefone que a balsa afundou às 23h locais (14h de Brasília) de terça-feira com mais de 600 pessoas a bordo e que, de acordo com sobreviventes, somente 200 nadaram para a margem ou foram resgatadas. O restante afundou com a embarcação.

Entre os sobreviventes está Tania, de 18 meses de idade. Seus pais estão desaparecidos.

"É um milagre, ninguém sabe como ela sobreviveu", disse o jornalista Shakawat Hossain no local.

Mas cerca de 90 estudantes de uma escola islâmica estão entre os desaparecidos, disse um sobrevivente. "Estávamos viajando para Lal Mohan para um piquenique de férias de verão", disse Mohammad Abbas.

Segundo uma autoridade, a balsa Nasreen estava superlotada.

"Os passageiros entraram porque outra balsa cancelou a viagem sem aviso prévio", disse a autoridade, que pediu para não ser identificada. "Neste caso as regras também foram violadas", afirmou.

Autoridades disseram que o local do desastre é conhecido pelas tragédias. O ponto marca a confluência de três rios -- Meghna, Padma e Dakatia -- e as correntes convergentes criam um efeito de redemoinho, principalmente quando o nível das águas está alto. Os rios de Bangladesh subiram muito nas últimas semanas como resultado das chuvas de monções.

Autoridades também afirmaram que o rio tem 60 metros de profundidade no local do acidente e que a força das correntes prejudica a busca por corpos.

As balsas são um meio de transporte comum em Bangladesh, e os acidentes também são frequentes. Pelo menos 450 pessoas morreram em um acidente similar em maio do ano passado, quase no mesmo ponto da tragédia de terça-feira.

Outra balsa, a Dinar, que afundou com 400 pessoas no mesmo local, em 20 de agosto de 1994, não pôde ser recuperada, disseram autoridades.

Especialistas dizem que há 20.000 balsas em Bangladesh, mas que somente 8.000 são registradas e somente 800 têm certificados de segurança.

Autoridades dizem que os acidentes são causados por negligência, desrespeito às leis de segurança, falhas estruturais e falhas na imposição da lei e do acompanhamento meteorológico.

AGENTE MARÍTIMO

ÀGIRA

- Um gancho de madeira, preso na ponta de um bambú, usado para puxar a canoa ao longo de uma enseada profunda ou no leito de um rio lodoso - Do Yorubá (nagô).

AGITAÇÃO MARÍTIMA (Ver MARETA, MAROLA e ONDA)

ÁGUA POTÁVEL E FRESCA (Ver MAL DAS GENGIVAS)

ÁGUA SALGADA

- Omi-Iyò, em Yorubá (nagô).

- Ver proporção em relação à terra firme, no nosso planeta, conforme entendimento da Bíblia, filósofos, navegadores, geógrafos, etc... em CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores/SP e RS/1998, pág. 188 e subseqüentes.

AGUADA (Ver ANCORAGEM)

- Cast.: aguada; Ing.: water suply; Fr.: provision de l’eau.

ÁGUAS TERRITORIAIS

AGULHA

- Espécie de peixe referida pelo Frei SANTA RITA DURÃO - Caramuru - Livraria Martins Fontes Edit. Ltda/SP/2001, pág. 229.

AGULHA DE FAZER REDE (Ver MALHEIRA)

- Feita de bambu, tem a forma de uma lançadeira esguia e alongada, mas chata. Serve para enrolar a linha que vai ser utilizada na confecção da rede pelas hábeis mãos do pescador ou tarrafeador. Foi mais detalhadamente descrita por VIRGÍLIO VÁRZEA – Santa Catarina/A Ilha – Editora Lunardelli/Fpolis-SC/1984, pág. 162.

AGULHA GENOICA (Ver ALIDADE, ALMANAQUE NÁUTICO, AVISOS AOS NAVEGANTES, BALESTILHA, BÚSSOLA, CARTA DE MAREAR, COMPASSO, GPS, QUADRANTE, RADAR, SEXTANTE e SONDA)

- Termo referido no Diário de Álvaro Velho, transcrito no original por EDUARDO BUENO - O descobrimento das Indias/O diário de viagem de Vasco da Gama - Editora Objetiva/1998, pág. 169: (...) os marinheiros (...) têm agulhas genóicas pelas quais se regem e quadrantes e cartas de marear (...)

AGULHA MAGNÉTICA (Ver BÚSSOLA)

AGULHEIRO

- O mesmo que MARCADOR. Agulheiro de combustível, agulheiro de água.

AIALA

- Barco de pesca de Setúbal.

http://www.prof2000.pt

AJOJO

- (...) e não deixou de referir-se à barca do São Francisco que, segundo informações colhidas por ele, teria sido introduzida “nos últimos quarenta anos”. Por conseguinte, nos princípios do século XIX. Teria sido precedida por “ajojos” e “canoas”. Ponto obscuro, este; e de modo nenhum bem estabelecido. (...) - GILBERTO FREIRE - Pessoas, coisas e animais - MPM – Casabranca Propaganda/1979, pág. 239.

AJUDANTE (Ver FAZER CABO)

AJUDANTE DE ORDENS

AKANKÒTÃ

- Armador de navios, em Yorubá (nagô)

ÀKÉ

- Corda de cipó, feita para amarrar paus de jangada. Também gaivota, em Yorubá (nagô)

AKÓBÍ

- Certa rede de pesca, usada para pegar camarão. Termo de origem Yorubá (nagô).

ALAGADOS (Ver MANGUE e MONGROVE)

ALAÍMÒWÈ

- Pessoa que não sabe nadar, em Yorubá (nagô)

ALÁJOPA

- Companheiro de pesca, em Yorubá (nagô).

ÀLAPA

- Picadinho de carne ou de peixe, em Yorubá (nagô).

ALBACORA

- (...) Os peixes são tão abundantes, sobretudo uma espécie de peixe-sexo que eles chamam de “Alvacore”, que transborda em suas embarcações. Estes peixes servem de alimento à população, e costumam dessecá-los sobre grades em volta de suas cabanas para a exportação em barcos de cabotagem. (...) - LESSON/1822 - Ilha de Santa Catarina/Relato de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX – Editora Lunardelli e Editora da UFSC/1990,pág. 268.

ALBATROZ

A Canção do Albatroz

Em 1901, Máximo Gorki escreveu este belo poema sentindo o tempo que vivia e do qual se avizinhava poderosa tempestade revolucionária na Rússia heróica de seu tempo. A palavra albatroz (burieviestnik) em russo pode ser traduzida como mensageiro (viéstnik) da tempestade (buria), por ser ele o único animal que sai alegremente a voar e sente-se perfeitamente à vontade em meio a qualquer tormenta. A mensagem é clara: no meio do caos, não devemos temer as tempestades, mas voar com elas e contribuir para que elas transformem efetivamente o mundo!

Quando verti este poema para o português anos atrás, a então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas estava em seus estertores. Convém lembrar que o poema foi escrito às vésperas de um tempo de sonho, sonho do qual se precisou acordar...

"Sobre a superfície cinzenta do mar,

O vento reúne

Pesadas nuvens.

Semelhante a um raio negro,

Entre as nuvens e o mar,

Paira orgulhoso o albatroz,

Mensageiro da tempestade.

E ora são as asas tocando as ondas,

Ora é uma flecha rasgando as nuvens,

Ele grita.

E as nuvens escutam a alegria

No ousado grito do pássaro.

Nesse grito - sede de tempestade!

Nesse grito - as nuvens escutam a fúria,

A chama da paixão,

A confiança na Vitória.

As gaivotas gemem diante da tempestade,

Gemem e lançam-se ao mar,

Para lá no fundo esconderem

O pavor da tempestade.

E os mergulhões também gemem.

A eles, mergulhões,

É inacessível a delícia da luta pela vida:

O barulho do trovão os amedronta...

O tolo pingüim, timidamente

Esconde seu corpo obeso entre as rochas...

Apenas o orgulhoso albatroz voa,

Ousado e livre sobre a espuma cinzenta do mar.

Tonitroa o trovão.

As ondas gemem na espuma da fúria.

E discutem com o vento.

Eis que o vento

Abraça uma porção de ondas

Com força e lança-as

Com maldade selvagem nas rochas,

Espalhando-as como a poeira,

Respingando uma noite de esmeraldas.

O albatroz paira a gritar

Como um raio negro,

Rompendo as nuvens como uma flecha,

Levantando espuma com suas asas.

Ei-lo voando rápido como um demônio;

Orgulhoso e negro demônio da tempestade;

Ri das nuvens, soluça de alegria!

Ele - sensível demônio -

Há muito vem escutando

Cansaço na fúria do trovão.

Tem certeza de que as nuvens não escondem,

Não, não escondem...

Uiva o vento... Ribomba o trovão...

Sobre o abismo do mar,

Um monte de nuvens pesadas

Brilham como centelhas.

O mar pega as flechas de relâmpagos

E as apaga em sua voragem.

Parecem cobras de fogo.

Os reflexos desses raios,

Rastejando sobre o mar e desaparecendo.

_ Tempestade!

Breve rebentará a tempestade!

Esse corajoso albatroz

Paira altivo entre os raios

E sobre o mar furiosamente urrando

Então grita o profeta da Vitória:

QUE MAIS FORTE ARREBENTE A TEMPESTADE!"

ALBITANA

- Cada um dos dois panos externos, de malha lassa, da rede feiticeira, que tem três panos (o pano do meio é chamado de miudeira). A albitana é uma rede lassa. O peixe passa por ela, fica preso na miudeira e se embrulha com as albitanas. Sin.: babitana, balbitana. - ILSON WILMAR RODRIGUES FILHO – Dicionário de regionalismos da Ilha de Santa Catarina (e arredores) - Editora Lunardelli e Fundação Franklin Cascaes/Fpolis-SC/1996, pág. 15.

ALBOI (Ver ALBOIO e ESCOTILHA)

- Cast.: escotilla; Ing.: hatch; Fr.: écoutille.

ALBOIO (Ver ALBOI e ESCOTILHA)

- Aberturas no convés para iluminar e ventilar compartimentos da embarcação. Têm estrutura metálica, tampas estanques, com ou sem vidro, fixos ou não. (Arte Naval - p. 37 1-149 e 322 6-36 a.3)

ALCATRÃO (Ver ALCATROAR, BETUME e PIXE)

ALCATRAZ (Ver CERRAÇÃO)

- (...) um alcatraz sobrevoou a nau e de tarde avistaram outro, e é pássaro que não costuma afastar-se vinte léguas da terra (...) - CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores/SP e RS/1998, pág. 41.

ALCATROAR (Ver CALAFATE e CALAFETAR)

- Procedimento que se adotava, nos barcos feitos de madeira, por volta de 1712, conforme FRÉZIER - Ilha de Santa Catarina/Relato de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX – Editora Lunardelli e Editora da UFSC/1990, pág. 22: (...) alcatroou-se o navio (...) - Consistia na aplicação de alcatrão ao casco da embarcação, para ajudar a vedar a entrada de água.

ALCIONE (Ver PROCELÁRIA)

ÁLCOOL (Ver CACHIMBO e EMBRIAGUEZ)

- A ingestão de álcool ou de qualquer outra substância capaz de alterar a consciência e a percepção do perigo não se coaduna com o comando de embarcação, expondo-se o piloto, tripulação, passageiros e ainda terceiros, ocupantes de outros barcos, banhistas, etc...

ALÉM-MAR

- Transmara, em Esperanto.

ALFÂNDEGA

ALGA

- (...) Sargaço. Algas são plantas que ocupam o último lugar na série dos vegetais e vivem na superfície ou no fundo de águas salgadas ou doces, produzindo quase a metade do oxigênio do planeta. Foram as algas marinhas que deram origem à vida na Terra. Hoje formam um exército silencioso de combate à poluição dos oceanos. São também utilizados na alimentação, estando presentes em sorvetes e iogurtes. A culinária japonesa usa três espécies de algas: nori, wakame e kombu. A beleza feminina deste fim de milênio deve muito às algas, essenciais na fabricação de muitos cosméticos. – DEONÍSIO DA SILVA De onde vêm as palavras – Editora Mandarim/SP/1997, pág. 18.

ALHETA

- (...) O brigue medonhamente enterrava-se, de alheta, erguendo a proa balouçante. (...) - VIRGÍLIO VÁRZEA – A Vela dos Náufragos - Editora Lunardelli/Fpolis-SC, na coletânea A canção das Gaivotas – 1985, pág. 98.

- Partes do costado de um e de outro bordo entre o través e a popa. (...) - Cap. de Mar-e-Guerra GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS – Navegar é facil – Edit. Catau//RJ/2001, pág. 5.

ALIDADE

- Aparelho ótico que indica o ângulo de um "alvo" em relação à embarcação. Utilizado na navegação costeira visual.

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE EMBARCAÇÃO

- Código Comercial, art. 468.

ALIMENTAÇÃO DE CÃES

- (...) das enxárcias pendia uma tonelada de carne de baleia destinada a alimentar os cães (...) –ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 43.

ALÍSIO (Ver VENTOS)

- Vento – O termo foi usado por JACK LONDON – O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 69.

- ROBERT LOUIS STEVENSON - A Ilha do Tesouro - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 86, apresenta um planisfério de 1730, atribuído a Hermann Moll, que indica a situação dos ventos mais conhecidos, como os ventos alísios, utilizados pelos navegadores nas grandes travessias.

ALMADIAS (Ver BATELÃO, CANOA e PIROGA)

- (...) Partindo desses ilhéus, e navegando sempre pelo rio acima, algumas almadias (= pirogas) de negros nos seguiram de longe. (...) - JOÃO ROCHA PINTO – Imagem e conhecimento da África, em Lisboa Ultramarina/ ... - Jorge Zahar Editor/RJ/1992, pág. 116.

- PERO DE MAGALHÃES GANDAVA - Tratado da Terra do Brasil/História da Província de Santa Cruz - Edit. Itatiaia/BH-MG/1980, refere-se a tal modelo de embarcação no Capítulo Quarto e no Capítulo Nono, sem dar contudo, detalhes sobre ele.

- Termo referido por EDUARDO BUENO - O descobrimento das Indias/O diário de viagem de Vasco da Gama - Editora Objetiva/1998, pág. 54, como canoas compridas e baixas.

ALMANAQUE NÁUTICO

- (...) O Almanaque Náutico, com suas tabelas de posições do sol e das estrelas, (...) -- ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 284.

ALMEIDA

- (...) parte curva do costado do barco, na popa, logo abaixo do painel (...) - Cap. de Mar-e-Guerra GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS – Navegar é facil – Edit. Catau//RJ/2001, pág. 8.

ALMIRANTADO (Ver ÂNCORA e FISHERMAN’S ANCHOR)

ALQUEBRAMENTO (Ver TOSAMENTO)

- Diz-se da situação em que uma embarcação, na água, sofre compressão nas chapas de fundo e tração nas chapas do convés.

ALTITUDE (Ver COORDENADAS e LONGITUDE)


- A elevação atual acima do nível do mar.

ALTO-FUNDO

ALUMÍNIO

ALVAR NUÑES CABEZZA DE VACCA

- Referido por EDUARDO SAN MARTIN (in Terra à Vista – Artes e Ofícios – P. Alegre-RS/1998, pág. 16). Aventureiro e navegador espanhol, que chegou à posição de governador no Rio da Prata, entre 1541 e 1544. Ele, é público e notório, desembarcou na Ilha de SC, com 26 cavalos dos que sobraram dos 45 embarcados em Espanha, e se dirigiu por terra para o sul. É muito provável que tenham sido dele os primeiros eqüídeos a pisarem o solo ilhéu, embora aqui não tenham permanecido.

ALVARENGA

- Espécie de embarcação.

- EUCLIDES DA CUNHA - O paraíso perdido - José Olympio Editora/RJ/1994, pág. 47: (...) o regatão de todas as pátrias que por ali mercadeja nas ronceiras alvarengas arrastadas à sirga (...).

AMANTILHO

- Cabo que possui uma extremidade presa no topo do mastro e a outra que se liga à extremidade da retranca, de forma a mantê-la na posição horizontal - http://www.geocities.com/osfracoes/vocabularioNautico.html

- Amantilhos - São cabos de laborar, um em cada lais das vergas redondas, que servem para amantilhá-las, isto é, aguentar os lais para as vergas não arquearem. http://www.algarvemenos.com/navega/navega10.html

- Palavra usada por VIRGÍLIO VÁRZEA, escrevendo Terrível blasfêmia/ conto publicado junto com A canção das gaivotas - Editora Lunardelli/Fpolis-SC/1985, pág. 219.

- Cast.: amantillo; Ing.: topping lift; Fr.: balancine

AMARRA (Ver ÂNCORA, ANCOROTE, CABRESTANTE, FATEXA, MOLINETE, PEGADOR e POITA)

- É o elemento de ligação entre a âncora ou poita e a embarcação. GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS - Navegar é fácil - Edit. Catau//RJ/2001, pág. 40, sugere que a amarra (corda) tenha alguma elasticidade, de modo a assimilar parte do esforço sobre o cunho fixado ao barco.

- Cast.: cadena; Ing.: chain; Fr.: chaine.

AMARRA DE CORRENTE (Ver AMARRA e AMARRA MISTA)

- Embarcações maiores, dispondo de molinetes ou de cabrestantes, costumam usar toda a amarra de corrente. Isso reduz a necessidade de grandes filames uma vez que o próprio peso da amarra fará com que ela permaneça no fundo ainda que sob severas condições de tempo, ocasião em que mais quartéis deviam ser pagos. As principais desvantagens da amarra de corrente é que ela não tem elasticidade além de ser mais cara e mais pesada, exigindo um aparelho de suspender (molinete ou cabrestante) o que poderá representar um acréscimo de peso na proa da ordem de uns 200 kg, afetando negativamente o desempenho de um barco. GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS - Navegar é fácil - Edit. Catau//RJ/2001, pág. 42 e 43.

AMARRA MISTA (Ver AMARRA e AMARRA DE CORRENTE)

- Diz-se do cabo de âncora em que a parte mais próxima do ferro é feita com corrente e a parte que sai do barco é feita de corda.

AMBAR (Ver AMBER e BALEIA)

AMBER

- PERO DE MAGALHÃES GANDAVO - Tratado da Terra do Brasil/História da Província de Santa Cruz - Edit. Itatiaia/BH-MG/1980 (Cap. Primeiro do Tratado Segundo), registrou: (...) Acha-se tambem por esta Costa muito Amber que o mar de si lança fora as mais das vezes quando faz tormenta e são agoas vivas, então há muitas pessoas que mandam seus escravos pela praia busca-las nos lugares onde costuma sair mais vezes e muitas vezes acontece enriquecerem alguns assi do que achão seus escravos como do que resgatão os indios forros. (...)

AMENOMANIA

- (...) loucura do vento – Ref. na obra de ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 150.

AMERICAN BOAT AND YACHT COUNCIL (ABYC)

- Entidade referida por GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS - Navegar é facil - Editora Catau/RJ/2001, pág 36.

AMFIALO

- (Amphi = al rededor; als = mar) Rodeado de mar.

AMILHA (Ver CARREGADEIRA e TRAINEIRA)

- Pedaço de cabo da traineira, ligado à tralha.

AMIR KLINK

- Navegador brasileiro. Li, dele, Cem dias entre céu e mar.

AMOTINADO (Ver MOTIM e REVOLTA DA CHIBATA)

- Aquele que articula ou adere a um motim, ou seja, que se rebela contra a disciplina ou a situação da embarcação.

AMPULHETA

- Era instrumento utilizado pelos navegadores para ter uma noção do tempo despendido em suas viagens, como se pode inferir de CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores/SP e RS/1998, pág. 119 e seguintes.

AMURA (Ver BOCHECHA)

- Amuras - São cabos de laborar, que nas velas redondas servem para amurar os papa-figos, isto é, rondar o punho da escota de barlavento o mais avante possível.

http://www.algarvemenos.com/navega/navega10.html

- Cap. de Mar-e-Guerra GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS – Navegar é facil – Edit. Catau//RJ/2001, pág. 5, afirma que a palavra tem o mesmo significado que BOCHECHA e um segundo: uma direção qualquer entre a proa e o través.

- VIRGÍLIO VÁRZEA – Natal a bordo - Editora Lunardelli/Fpolis-SC, na coletânea A canção das Gaivotas – 1985, pág. 169, utiliza-se da expressão amura da gata (...)

- Cast.: amura; Ing.: tack; Fr.: amure.

AMURADA

ANCHOVA

Nome Popular
Anchova, Enchova/Bluefish

Nome Científico
Pomatomus saltator

Família
Pomatomidae

Distribuição Geográfica
Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul). Mais comum do Rio de Janeiro a Santa Catarina.

Descrição
Peixe de escamas; o corpo é alongado, fusiforme e comprimido; a cabeça é grande e a boca larga com a mandíbula saliente; os dentes são afiados. A coloração é azulada no dorso e prateada nos flancos e ventre. Pode alcançar 1,5m de comprimento total e 20kg.

Ecologia
Espécie pelágica; costuma se aproximar da costa nos meses de inverno, época em que forma cardumes. Os indivíduos jovens formam grandes cardumes, mas, a medida que crescem, tendem a se isolar. Na época reprodutiva, os cardumes migram para o alto mar, para fora da plataforma continental, onde desovam. As anchovas freqüentam as águas agitadas das regiões mais profundas dos costões rochosos que se projetam para dentro do mar, onde ficam a espera das presas. É um peixe altamente voraz, atacando inclusive indivíduos da mesma espécie. É um dos peixes marinhos mais procurados pelos pescadores esportivos, e também tem importância comercial.

Equipamentos
As varas devem ser do tipo médio/pesado, uma vez que podem ser capturados exemplares de grande porte. As linhas devem ser de 10 a 20 lb.

Iscas
A pesca com isca artificial é mais emocionante, e, nesse caso, pode-se usar plugs de meia água, colheres, jigs e as famosas lambretas, que devem ser trabalhadas de forma rápida para que o movimento atraia as anchovas. Na pesca com iscas naturais, como sardinha, parati e tainha, é recomendável o uso de empate de aço.

Dicas
Por freqüentar águas agitadas, é uma espécie que tem muita força. Para se capturar um indivíduo de porte regular (mais de 5kg) é preciso muita briga porque o peixe não se entrega facilmente. Como costuma correr bastante, também é preciso ter muita linha à disposição. A pescaria de arremesso junto aos costões é mais eficiente. A captura é mais fácil nas marés de vazante das luas cheia e nova. (Fonte – IBAMA.GOV.BR)

- Na Ilha de SC, quando pequena, a anchova é chamada de anchoveta (não de anchovinha). Segundo o Sr. Manoel do Augusto, são capturadas a anchova marisqueira e a de olho amarelo.

- No diário de Álvaro Velho, transcrito por EDUARDO BUENO - O descobrimento das Indias/O diário de viagem de Vasco da Gama - Editora Objetiva/1998, pág. 188, lê-se o termo achoa, sendo provável forma antiga de anchova (?)

- Sustenta VIRGÍLIO VÁRZEA – Santa Catarina/A Ilha – Editora Lunardelli/Fpolis-SC/1984, pág. 142, que a pesca da enchova na Ilha de SC vai de junho a setembro.


2 comentários:

Anônimo disse...
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