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terça-feira, 6 de julho de 2010

Juiz pede asilo ao Brasil

publicado em 06/07/2010 às 06h36:

Juiz boliviano diz ser vítima de
perseguição e pede asilo ao Brasil

Luis Hernando Pachi conduz caso sobre suposto complô de assassinato contra presidente

EFE
Reprodução/Los Tiempos
Foto por Reprodução/Los Tiempos

O juiz boliviano Luis Hernando Tapia Pachi, que está em Corumbá (MS), pediu asilo político ao Brasil, alegando perseguição do governo de Evo Morales

Um juiz boliviano, responsável pelo caso do suposto grupo terrorista desarticulado em 2009 na região de Santa Cruz, no leste da Bolívia, fugiu para o Brasil e pediu asilo político, dizendo ser vítima de perseguição por parte do governo de Evo Morales, informou nesta segunda-feira (5) a imprensa local.

Em contato com a rede de televisão ATB a partir da cidade de Corumbá (MS), o juiz Luis Hernando Tapia Pachi disse que apelará a "todos os recursos" e instâncias nacionais e internacionais para que seja "respeitado como cidadão".

O chamado "caso terrorismo" explodiu em 16 de abril de 2009, quando a polícia matou três estrangeiros em um hotel de Santa Cruz e prendeu outros dois membros do suposto grupo que, segundo a Promotoria e o governo, ia assassinar Morales e promover a separação dessa região por meio de milícias armadas.

Inicialmente, o caso esteve a cargo de Pachi em Santa Cruz, mas depois as autoridades determinaram sua mudança para La Paz. O juiz tentou frear a mudança de jurisdição, por isso a Promotoria o acusou de prevaricação (crime praticado por funcionário público) e desobediência a procedimentos penais.

Os líderes políticos e empresários da região de Santa Cruz rejeitaram a investigação em La Paz com o argumento de que ela tem sido dirigida politicamente para prejudicar a oposição e reivindicaram que a jurisdição seja a de Santa Cruz, onde foi descoberto o grupo armado.

Enquanto isso, as autoridades judiciais de La Paz e o governo afirmaram que a corte de Santa Cruz não será imparcial na hora de julgar os líderes dessa região, todos opositores.

Pachi foi convocado a depor em La Paz sobre o caso em cinco ocasiões. No entanto, como não se apresentou, o Ministério Público emitiu uma ordem de captura.

Em Corumbá, o juiz boliviano disse ser perseguido pelo governo de Morales.

- Esta é uma perseguição direta do governo. Juridicamente saberei me defender como for preciso, e também me defenderei nas instâncias que os tratados internacionais me permitam.

A esposa de Pachi, Ericka Oroza, anunciou que o juiz colocará "ações perante as cortes internacionais para garantir seus direitos".

Segundo a imprensa, 140 opositores e críticos do governo Morales, entre líderes políticos, cívicos e empresariais, fugiram da Bolívia nos últimos quatro anos, declarando-se vítimas de "perseguição política".

O ex-líder da organização radical União Juvenil da Região de Santa Cruz (UJC), David Sejas, vinculado com o suposto grupo terrorista, também fugiu para Corumbá e disse que voltará à Bolívia para se defender "quando houver tribunais imparciais".

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