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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Glossário - termos sobre universo do cavalo

CUACO (Ver CHONGO, PALAFREN, PANGARÉ e SENDEIRO)

- México: Matungo, rocin.

- http://www.hispanicus.com

CUADRA (Ver CRIATÓRIO e COUDELARIA)

- Espanhol: cavalariça, haras.

CUARCI

- Na mitologia tupi, divindade que criou os animais - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 719.

CUBA

- (...) Os primeiros cavalos foram introduzidos no Brasil por Cabeça de Vaca, em 1541. Eram 26, entre cavalos e éguas. Vindos da Espanha. Com efeito, foi Cuba a primeira terra americana a receber cavalos. Daí passaram para o continente. Houve, perto do Panamá, a “latitude dos Cavalos”, alusão a algum desastre com eles. Em 20 de junho de 1493 saíram da Espanha, na 2ª viagem de Colombo, os primeiros 20 eqüídeos, com os apetrechos de montaria. 5 eram éguas. Originários de Granada, de raça espanhola misturada com a árabe. Chegaram em Isabela a 28 de setembro do mesmo ano. Custaram cada uma 1.000 maravedis, e em 1494 vieram mais a 1.500. Em 1495, mais 12 eqüídeos. A primeira “estância” de que haja notícia nas Américas é a de João Ponce de Leon, em Porto Rico. Contemporânea, e também em Porto Rico, é a estância do Rei. Conta Govalon que Bobadilha se apossou de 2 cavalos e 2 éguas de Colombo e que o Rei Católico deu a Alonso de Ojeda 500 reales e 30 quintais de pau brasil, em recompensa do garanhão que Alonso oferecera a Colombo. Por onde se vê que Cristóvão Colombo ocupa também o primeiro lugar na história da pecuária americana. O estancieiro nº 1. Por que não? Em 1501 podiam armar-se 30 cavaleiros. Em 1518 Cortez invade o México com cavalos de Cuba. Desse rebanho da América Central descende o cavalo chileno, que adquiriu peculiaridades de vidas ao meio montanhoso. “No Chile, sobretudo fora das grandes cidades, a existência é, por assim dizer, essencialmente eqüestre. As ocupações quotidianas, as festas e diversões, adquirem um interesse esportivo e um caráter exótico. ...é mesmo belo e guapo o “vaqueiro”ou “campero”chileno, esse cow-boy sul americano: o chapéu, de abas largas; o poncho, amarelo claro, roxo ou vermelho resplandecente; a sela, alta e elevada, com o laço que se lhe enrola; as esporas habilmente cinzeladas, os estribos, incrustados de prata. S tons brilhantes de sua ornamentação quadram harmoniosamente aos lugares em que se move, lugares onde as águas brincam, montanhas se corcovam. De raro em raro, fazendo uma grande volta pela Argentina, aparecia algum cavalo chileno na feira de Sorocaba. Em 1850, num inventário, há um, no valor de 50 mil réis, quatro vezes mais que os outros. Consta também na tradição local que os peões e tropeiros pelo povo chamados castelhanos, eram na maioria do Uruguai e Corrientes, mas no meio deles se encontravam paraguaios, bolivianos e até chilenos. Neste caso o tropeiro, além de unificador nacional, passa a ser vínculo de pan-americanismo!.(...) Se no meio dos eqüídeos vinham éguas, como acima vem explicado, bastava trazer algum burro pastor e iniciava-se a criação de muares na América. Esta é posterior à dos cavalos, porque os “conquistadores” em seus fumos de vaidade, queriam nobres cavalos para a montada e para a guerra e escravos lhes não faltaram para carregarem as riquezas. Mas a própria resistência do burro à fome e à sede fez provavelmente mais fácil a sua viagem por mar. Não é sempre lucro ser humilde e pouco exigente. Ainda agora é assim, na Espanha. Ativo lavrador imigrado, galego, conta-nos que os burros, pequenos, comem menos, comem de tudo, até espinhos e têm muita força nas montanhas, só andam a a passo e a trote de cão, mas o trabalho é-lhes rendoso e firme. Servem de montaria e carga. São a riqueza dos pobres aldeões. Já o híbrido, a mula, é possante, grande e bonita, animal de classes remediadas. A mula aburguesou-se, como na França. E até enobreceu-se. Pois La Fontaine não fala do “mulet d’um prélat”que se referia à mãe da raça cavalar? E o saboroso frei Luiz de Souza não nos diz da mula de Dom frei Bartolomeu dos Mártires?

Nota: O texto é de fonte que o autor, indesculpavelmente, esqueceu de anotar em seus arquivos.

CUIABÁ

- ALUÍSIO DE ALMEIDA - Vida e morte do Tropeiro - Livraria Martins Editora/S. Paulo/1971, p. 136, noticia que a palavra que hoje nomeia a Capital de um dos Estados de Mato Grosso significava ferrador/alveitar: (...) Nas atas da Câmara paulistana existe a palavra alveitar, de origem árabe, que os ferradores de agora desconhecem e que, entretanto, em 1828 existia com esse nome de Cuiabá, segundo diz Luiz d’Alincourt.


CUIDADOS COM O ANIMAL

- (...) A la salida del sol, se mandaron soltar los caballos, pero no antes de cepillarlos y rasquetearlos; de revistarles los cascos y de arreglarles las crines y las colas. Em la división Trenque Lauquen, los caballos estaban mejor cuidados que los hombres; y se habían dado casos de estar cubiertos com buenas mantas los mancarrones, mientras el pobre milico tiritaba de frío, sin outra cosa encima de su cuerpo que uma chaquetilla (...) – MANUEL PRADO - La guerra al malón - Cap. VIII.

CUIDADOS COM O ANIMAL

- (...) A la salida del sol, se mandaron soltar los caballos, pero no antes de cepillarlos y rasquetearlos; de revistarles los cascos y de arreglarles las crines y las colas. Em la división Trenque Lauquen, los caballos estaban mejor cuidados que los hombres; y se habían dado casos de estar cubiertos com buenas mantas los mancarrones, mientras el pobre milico tiritaba de frío, sin outra cosa encima de su cuerpo que uma chaquetilla (...) – MANUEL PRADO - La guerra al malón - Cap. VIII.

CULATA

- Espanhol: Anca dos eqüídeos. De tal palavra deve ter derivado a expressão culatra e culatreiro, tropeiro que trabalha à retaguarda da comitiva.


CUATRERO (Ver ABIGEATÁRIO e QUATREIRO)

- (...) dicen que eres ladrón, cuatrero y asesino (...) - LUCIO V. MANSILLA, em Una excursión a los Indios Ranqueles – Círculo Criollo El rodeo/Argentina, pág. 96.

- Palavra espanhola (em português QUATREIRO), que significa ladrão de gado, inclusive cavalar.

CUBITOFALINGEANO

- Diz-se de um músculo flexor situado no antebraço do cavalo - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 720.

CUERA

- Cuera f. Matadura, cicatriz incurável ao lado do fio do lombo dos cavalos, proveniente do mau uso dos arreios ou lombilhos; também se chama unheira. http://letratura.blogspot.com/2006/12/glossrio-equinos-e-asininos.html

- Doença incurável dos cavalos - SYLVIO ALVES – Vocabulário do Charadista -Liv. Acadêmica/RJ/Vol. II (Bibliot. Púb. Fpolis R793.2403A474V), pág. 650.

CUERA (Ver UNHEIRA)

CUERUDO (Ver MANCARRÃO DE MONTARIA e UNHEIRA)

- O mesmo que UNHEIRUDO.

CUIDADOS COM O ANIMAL PREFERIDO

- (...) Cabia-lhe, na estância, entre outros que fazeres, cuidar do colhudo de confiança do general. Sob seus cuidados, o alazão-estrela era sempre um figuraço: gordo, mas delgado, toso bem feito, pelo escovado a capricho, comendo rações bem dosadas de milho e alfafa, aveia e, de quando em quando, palha de coqueiro para evitar eventual churrio (...) - APPARICIO SILVA RILLO - Rapa de Tacho 2 – Tchê Editora Jornal. Ltda/P. Alegre-RS/1983, p. 92.

Obs: Antigamente, folha de qualquer vegetal era dita "palha".

CUIDADOS COM OS LOMBOS DOS CARGUEIROS

- (...) O cabra, atentando na lombeira da burrada, tirou dum surrãozinho de ferramentas, metido nas bruacas da cozinha, o chifre de tutano de boi, e armado de uma dedada percorreu todo o lote, curando uma pisadura antiga, ali raspando, com a aspereza do sabuco, o dolorido dum inchaço em princípio, aparando além com o gume do freme os rebordos das feridas de mau caráter – HUGO DE CARVALHO RAMOS – Tropas e Boiadas/Caminho das Tropas - Instituto Centro-Brasileiro de Cultura – 1917.

CUIDADOS NA HORA DE COMPRAR UM CAVALO (Ver BALDAS, BIRRAS, CIGANOS, DOENÇAS, ENFERMIDADES, MANHAS, TRETAS e VÍCIOS REDIBITÓRIOS)

CULTRUM

- Tambor que usam os índios, feito de uma fonte de pau coberta com uma pele de carneiro ou de cavalo, e que se faz soar com uma baqueta. (Rev. Veja, nº 1946, p. 143-145).

- http://www.mujose.org.ar/diccionario_b.html


CUNHAPIARA

- Amazona das lendas indígenas do Norte do Brasil.

CURADOR (Ver ALVEITAR, BENZEDURA e VETERINÁRIO)

- Tratador de cavalos nas estrebarias das estalagens.

http://letratura.blogspot.com/2006/12/glossrio-equinos-e-asininos.html


CURAUÁ

- Cor branca da cavalgadura - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 730.

CURIOSIDADES

· Depois da sua morte, a cabeça de um cavalo-marinho é preservada e usada como peça de xadrez.

· Acredita-se que os cavalos são os descendentes de um animal mais pequeno chamado Eohippus. O Eohippus era mais ou menos do tamanho de um gato doméstico.

· Os cavalos gastam mais energia quando estão deitados do que quando estão de pé.

· A cópula dos cavalos pode durar entre 2 minutos e meia hora.

· Com os seus longos pulmões a enorme coração, os cavalos foram feitos para correr. Saltar não é uma actividade natural dos cavalos, a maior parte deles dá a volta ao obstáculo. É necessário um treino especial para os habituar a saltar.

· Os cavalos da Idade Média tinham de ser capazes de transportar até 400 Kg. Isto incluía o cavaleiro, a armadura do cavaleiro, a sela e a própria armadura do cavalo.

· A China não só é o país com mais pessoas no mundo, mas também o país com mais cavalos (10.000.000) e galinhas (3.000.000.000).

· Não há cavalos brancos. Eles são chamados cavalos cinzentos porque têm pequenos pelos pretos e brancos que combinam e formam a sua cor esbranquiçada. Os cavalos que são brancos, têm olhos, boca e orelhas cor-de-rosa e são chamados albinos.

· Os cavalos não conseguem vomitar.

· Calígula, o Imperador Romano entre 37-41 a.C. apontou o seu cavalo preferido como cônsul e co-governante de Roma.

· Nos cavalos-marinhos é o macho que engravida e dá à luz.

· Mais de 20.000.000 de cavalos-marinhos são capturados todos os anos para fazer medicina popular. A população mundial de cavalos-marinhos desceu 70% nos últimos 10 anos.

· Hipofobia e Equinofobia - medo dos cavalos.

· Só os humanos e os cavalos é que possuem hímenes.

· Numa estátua de uma pessoa sentada num cavalo, se o cavalo tiver as duas patas da frente levantadas, significa que essa pessoa morreu em batalha. Se tiver apenas uma pata levantada, significa que essa pessoa morreu de ferimentos resultantes de uma batalha. Se o cavalo tiver todas as patas no chão, significa que a pessoa teve uma morte natural.

· A população mundial de cavalos está estimada em 75.000.000.

· O coração de um cavalo pesa cerca de 4,5 Kg.

· Os cavalos não conseguem respirar pela boca.

· A cabeça de um cavalo pesa cerca de 5,5 Kg.

· A palavra "hipopótamo" vem do Grego e significa "cavalo do rio".

http://www.netmarkt.com.br


CURRÍCULO ESCOLAR

- Nas únicas escolas da Manchúria do século XVIII, o currículo era limitado à equitação, arte de atirar com arco e flecha e língua manchu (...) - FELIPE FERNÁNDEZ-ARMESTO – Milênio - Edit. Record – RJ e SP/1999, p. 302.

CURRO (Ver BAGUAL, PASTOR, REPRODUTOR e SEMENTAL)

- Garanhão, cavalo de cobrição - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 731.

CURVETA

- Manobra de adestramento em que o cavaleiro se posta em pé, ao lado do animal, segurando-o pela rédea e comandando uma elevação dianteira (empinada) (Ver FURTADO COELHO, obra cit., ps. 250 e 255). O animal salta quando empinado.

CURVETEAR (Ver ESCRAVO)

- (...) Quando partia, o acompanhavam algumas quadras, curveteando a seu lado (...) - JOSÉ DE ALENCAR - O gaúcho - L&PM Editores S.A./RS/1999, p. 52.

CURVILHÃO (Ver CURVEJÃO, JARRRETE e SOLANDRE)

- Corvejón, em Espanhol.

- Gambrel ou hock, em Inglês.

- Garreto, em Italiano.

- Jarret, em Francês.

- Kniebeuge, Sprunggelenk, em Alemão.

CUSPIR NO LOMBO

- (...) nas corridas de cavalo, (...) consiste em permitir que o adversário coloque qualquer peso, por menor que seja, no lombo do seu parelheiro. (...) - ZENO CARDOSO NUNES e RUI CARDOSO NUNES - Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul - Martis Livreiro-Editor/P. Alegre-RS/2000, pág. 139.

CUSTÓDIO PEREIRA DE ABREU

- (...) um rico negociante da Colônia de Sacramento, nascido em Portugal, foi o chefe da primeira tropeada sulina, o “primeiro tropeiro”. Durante treze meses, entre 1731 e 1732, ele permaneceu no planalto, fazendo um reconhecimento da picada já aberta e de toda a região. Acompanhado de 60 homens e de um pilioto, e conduzindo cerca de 500 vacas apanhadas nos campos de cima da Serra Geral, retificou os rumos traçados por Faria, marcando o trajeto mais para o oeste, além de construir centenas de pontezinhas para facilidade da marcha. Depois, voltou para Viamão e tornou a subir, com vários sócios, a Serra para Curitiba acompanhado por 130 homens e tocando 3.000 cabeças de mulas e cavalos trazidos da Colônia de Sacramento. Seu nome inaugurou um modo de viver – o do tropeiro – e um eixo que ataria definitivamente o extremo sul ao resto do Btrasil (...) - HOMERO DA COSTA ARAÚJO - Caminho das Tropas - Editora Insular Ltda/Fpolis-SC/2003, p. 25 e 26.

CUTIDURA

- Grossura carnosa e circular no bordo superior do casco do cavalo; bordelete - F. J. CALDAS AULETE - Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa - Lisboa/Pt-1948, pág. 736.

CUTUCA

- (...) deu pancas o animal para deitar-lhe em riba os baixeiros da cutuca (...) - HUGO DE CARVALHO RAMOS – Tropas e Boiadas/À beira do pouso – Instituto Centro-Brasileiro de Cultura – 1917.

- Sela de vaqueiro no sertão de Goiás.

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