Ministro de Imigração britânico rejeita projeto de proibição da burca
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DA EFE, EM LONDRES (REINO UNIDO)
DE SÃO PAULO
Pouco depois do Parlamento francês aprovar o veto ao uso do véu integral nas ruas, o deputado conservador britânico, Philip Hollobone, apresentou um projeto similar no Reino Unido. O ministro de imigração, Damian Green, foi então à público dizer que a proibição contraria as tradições britânicas de uma "sociedade tolerante e onde impera o respeito mútuo".
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Green disse ainda ao jornal "The Sunday" que é altamente improvável que um projeto deste seja aprovado no Reino Unido, "porque dizer as pessoas como devem se vestir na rua é contrário ao que este país é".
Ao contrário da França, disparou, o Reino Unido não é um país de um "laicismo agressivo".
A Câmara Baixa francesa aprovou nesta semana, com 335 votos a favor e um contra, o projeto de lei que proíbe o uso do véu integral islâmico --como a burca (que cobre todo o corpo e rosto) ou o niqab (que deixa apenas os olhos a mostra)-- em locais públicos. O texto segue para o voto no Senado em setembro deste ano, onde se espera que passe facilmente.
Outros países europeus, entre eles a Holanda, Bélgica e Espanha, também começaram a debater esse tema.
Nesta semana, o deputado Hollobone disse que se negaria a receber em seu escritório parlamentar qualquer pessoa que chegasse com o rosto coberto porque "Deus nos deu o rosto para nos expressar". Ele submeteu um projeto similar ao francês para votação no Parlamento.
Ele foi criticado por Catherine Helsetine, do Comitê Islâmico de Assuntos Públicos, que disse que os deputados britânicos não deveriam perder seu tempo nessa discussão. "O Reino Unido é um país livre. Avaliamos nossas liberdades e não queremos que os deputados ou o governo digam aos cidadãos que roupa podem usar ou não", disse.
"Quando o país tem uma dívida de 160 bilhões de libras, não seria mais lógico que se ocupassem disso e não de uma pequena porção de tecido que, além disso, é usada por pouquíssimas mulheres?", questionou.
Fonte: Folha de SP
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