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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Capelão acusado de duplo homicídio foi absolvido

MORTE DE SOLDADOS

Padre Cheregatto definitivamente absolvido

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Padre Cheregatto ao lado do advogado João Marcelo Pedrosa no júri. Não havia provas contra o réu

MIGUEL PORTELA

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Paulo Quezado provou que na hora do crime, o religioso celebrava uma missa na Capela da Base Aérea

NATINHO RODRIGUES

2/7/2010

A decisão tomada pelo Superior Tribunal Militar já ´transitou em julgado´, isto é, não cabe mais nenhum tipo de recurso

Agora é definitivo. O Superior Tribunal Militar (STM), em Brasília, comunicou oficialmente ao Gabinete do Comando da Aeronáutica a absolvição do padre José Severino Cheregatto, major da Armada e ex-capelão da Base Aérea de Fortaleza, no processo em que ele foi acusado da morte de dois soldados, em setembro de 2004. A sentença que considerou inocente o religioso já ´transitou em julgado´, isto é, não cabe mais nenhum tipo de recurso de apelação.

O STM confirmou, assim, a decisão que havia sido tomada pela Justiça Militar do Ceará durante o julgamento do capelão, ocorrido no dia 7 de agosto de 2008. Naquela data, os cinco julgadores se convenceram, diante dos argumentos da defesa - representada pelos advogados criminalistas Paulo Quezado e João Marcelo Pedrosa - de que Cheregatto não foi a pessoa responsável pela morte dos soldados Francisco Cleoman Fontenele Filho e Robson Mendonça Cunha. O crime ocorreu dentro da Base Aérea.

Comunicou

Em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste, no fim da tarde de ontem, os advogados do capelão explicaram que, a decisão do STM confirmou o entendimento da Justiça Militar cearense "diante da completa falta de provas contra o réu", afirmou Paulo Quezado. Para o advogado João Marcelo, que se debruçou sobre o caso durante meses, as provas técnicas mostraram que se tratou de um típico caso de homicídio seguido de suicídio. Ambos ressaltam que, assim como a Justiça Militar do Ceará, o STM, em decisão prolatada no dia 17 de dezembro do ano passado, considerou o padre Severino Cheregatto inocente da acusação de ter praticado um duplo homicídio. Quezado lembrou que seu colega fez sustentação oral diante dos ministros da Corte Militar e o resultado foi contundente; 14 votos a zero pela absolvição do réu.

Naquela ocasião, os ministros decidiram pela absolvição acompanhando o voto do relator do processo, ministro Apparício Ignácio Domingues. Segundo ainda Quezado e Pedrosa, o próprio Ministério Público Militar Federal já havia se manifestado pela inocência do réu.

A defesa sustentou a tese de que o padre não poderia estar presente na cena do crime, pois na mesma hora, celebrava uma missa de sétimo-dia na Capela da Base Aérea de Fortaleza, conforme ficou provado através do relato de várias testemunhas.

O crime

Eram aproximadamente 19 horas do dia 10 de setembro de 2004 quando a Polícia foi acionada para a Base Aérea de Fortaleza diante da localização de dois corpos em um dos alojamentos dos militares responsáveis pela guarda.

Logo veio a identificação dos mortos. Eram os soldados Cleoman e Fontenele. Cada um deles apresentava um ferimento a bala na cabeça. Ao lado dos dois corpos foi encontrada uma pistola de calibre nove milímetros. O caso passou a ser investigado com o acompanhamento do Ministério Público Militar.

Inconformado com a absolvição do padre, o promotor militar federal Alexandre Saraiva impetrou um recurso junto ao STM. Mas não obteve êxito. Até hoje, os familiares dos soldados mortos pedem que seja feita justiça. No decorrer das investigações foram elaborados 15 laudos periciais e tomados mais de 100 depoimentos.

Provas

15 laudos de perícia constam nos autos do processo que investigou a morte dos dois soldados da Base Aérea. Na apuração do fato, cerca de 100 pessoas foram ouvidas

Fonte: Diário do Nordeste

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O que motivou a acusação de que o religioso foi absolvido?

Investigado capelão militar por orgias e homicídios
22 de março de 2006 07h14

Acusado de promover orgias em área militar e suspeito de envolvimento na morte de dois soldados, o padre José Severino Cheregatto, 42 anos, ex-capelão da Base Aérea de Fortaleza, vai responder a processo movido pelo comando da Força Aérea Brasileira (FAB). O religioso, que tem patente de capitão e hoje trabalha em Manaus (AM), pode ser expulso da Aeronáutica.

Na residência oficial de Cheregatto no VII Comando Aéreo Regional em Manaus (Comar VII), para onde foi transferido há oito meses, foram apreendidas cerca de 160 fotos, algumas com imagens religiosas em segundo plano, de homens nus em poses eróticas. Entre eles há soldados e ex-soldados, que aparecem com a calça da farda abaixada.

Após prestar depoimento, o religioso passou mal e foi levado para o hospital do VII Comando Aéreo Regional, em Manaus. Conforme o jornal cearense O Povo, o capelão teria confessado que fez as fotos, mas negou que os encontros tenham ocorrido na Base Aérea.

Mortes
As mortes das quais Cheregatto é suspeito ocorreram em 2004, na Base Aérea. Os soldados Francisco Cleoman Fontenele Filho e Robson Mendonça Cunha foram achados com um tiro na cabeça cada um.

Durante essa investigação, o Ministério Público Militar descobriu que o padre desviava dinheiro de pagamento para celebração de missas, batizados e realização de obras na Igreja Nossa Senhora de Loreto, na Base Aérea de Fortaleza, onde serviu durante onze anos. Cheregatto admitiu que o desvio chegaria a R$ 5 mil por mês. Mas o promotor militar Alexandre Saraiva acredita que o montante tenha sido maior.

"Temos provas da homossexualidade dele. Mas homossexualidade não é crime. Isso me serve de informação para traçar um perfil e um possível laço de ligação entre ele e os rapazes mortos, disse o promotor Alexandre Saraiva ao jornal O Globo. Cheregatto ainda está sendo investigado no caso das mortes porque já apresentou três versões sobre onde estaria na noite do crime.

Redação Terra

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