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terça-feira, 20 de julho de 2010

Bizarria religiosa

Lavrador denuncia padre por morte de boi de estimação

Cândido Rodrigues (AE)

Um episódio similar ao vivido por Zé do Burro, personagem de "O Pagador de Promessas" de Dias Gomes, está agitando a pacata Cândido Rodrigues, município de pouco mais de 2.600 habitantes na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

O lavrador José Carlos Mantoano, o Zé do Boi, registrou na segunda-feira um boletim de ocorrência na delegacia por "danos, disparos ou posse ilegal de arma" contra o padre Rogério Rodrigues e três fiéis da igreja católica.

O quarteto seria responsável pela morte de Bonito, o boi de estimação de Zé, pois ele estaria "endiabrado" e foi atingido por cinco tiros no dia 11. Mantoano quer R$ 500,00 de indenização pelo animal. O padre não foi encontrado pela reportagem. O caso chegou ao bispo.

Zé do Boi desfilava com Bonito pela cidade, até mesmo em procissões da igreja, quando o padre era outro. Depois que Rogério Rodrigues, que estava em Monte Alto, chegou a Cândido Rodrigues, em janeiro deste ano, e a situação mudou. Existe até uma briga política na cidade envolvendo a paróquia da Comunidade Santo Antônio por causa da suspensão do trabalho social.

COM O DIABO - A história envolvendo Zé do Boi começou no dia 10, quando o lavrador, com insônia havia vários dias, procurou ajuda do padre. O religioso teria dito que o lavrador estava "com o diabo no corpo" e que isso teria "pegado" no boi. A solução recomendada seria sacrificar o animal, ou Zé do Boi morreria. Mantoano conversou com o irmão, Valdir, sócio do boi e do Sítio Boa Vista, e o sacrifício foi descartado.

No dia seguinte, ainda preocupado com o seu estado e com a provável morte, Zé foi à sacristia. Ele teria levado quatro bofetadas do padre, que lhe ordenara que ficasse calado. O padre recomendou que Zé dormisse na casa de sua mãe, no centro da cidade.

A mulher de Zé do Boi, Valcília, foi ao sítio buscar roupas e ouviu alguns tiros. Da varanda da casa, viu o padre Rodrigues e os três fiéis - Tadeu Alves Ferreira, Emerson José Fontanelli e Marcos Galhardi. O padre teria lhe dito que "o assunto morria ali".

DESESPERO - Quando soube da morte de Bonito, Zé do Boi desesperou-se. A carcaça do animal só foi descoberta no dia 21, num sítio vizinho, em estado de decomposição. O boi foi queimado,mas nem os urubus se aproximam, aumentando a lenda de que ele estaria mesmo "endiabrado". Zé viu a carcaça de Bonito no dia 23.

Na última segunda-feira, a polícia fez uma perícia e encontrou dois projéteis na cabeça do boi. Até hoje só os irmãos Mantoano haviam sido ouvidos pelo delegado de Fernando Prestes, Claudemir Aparecido Pereira da Silva, que responde também pelo município de Cândido Rodrigues. Zé do Boi exige indenização pela perda.

O caso chegou ao bispo d. Luiz Eugênio Peres, da Diocese de Jaboticabal, que não foi encontrado pela reportagem para falar do assunto.

http://jornal.valeparaibano.com.br

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