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domingo, 11 de julho de 2010

Ateus injustiçados por fanáticos e desmiolados

sábado, 18 de abril de 2009

Ateus põem a cabeça fora do ‘armário’. E levam pancadas

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Diferentemente de gerações anteriores, os jovens ateus brasileiros (ou parte deles) se assumem com tais, pedem respeito, da mesma forma que respeitam quem crê em Deus, mas são vítimas de discriminação na família, na escola e no trabalho.

“Se você diz que é ateu, mostra a cara sem medo, será alvo de discriminações”, diz Tihago Cardoso Santos, 21.

No caso dele, há um episódio em que a intolerância se manifestou com truculência.

Em 2007, Santos era integrante da PE (Polícia do Exército), e seus superiores obrigaram-no a frequentar o culto. Ele teve de recorrer à Justiça para se livrar do abuso de autoridade e logo depois deixou o Exército.

Vem de longe o preconceito de que o ateu não bate bem da cabeça por algum problema de nascença ou adquirido. Marcelo Ronconi conta que o coordenador de um colégio evangélico onde estudava chamava-o de “maluco”. Ele acredita que essa pecha prejudicou o seu relacionamento com os colegas.

De uma maneira geral, as pessoas têm dificuldade em aceitar o ateu, afirma Ronconi.

“Muitas vezes já me disseram: “Você é ateu, certo? Mas o que houve? Problemas com drogas? Problemas na família?”

Ele conta que o estranhamento parte inclusive de quem sofre preconceito e discriminação por outros motivos. Uma vez um travesti quis saber se os pais dele o aceitam “assim” (ateu). No Orkut, Roncon, um militante ateísta, é xingado com frequência.

Pedro da Nóbrega Bearzoti, o Pepeu, também é um defensor do ateísmo. E ele estuda em um colégio católico.

Lá, Pompeu tem sido aconselhado por colegas que com religião não se brinca e que o inferno lhe espera.

“Ironicamente, o cara que mais me respeita é o padre do colégio, que pede para lhe dizer qualquer manifestação de preconceito.”

Os pais acabam aceitando os filhos ateus, ou finge que aceitam, para não perdê-los ou talvez na expectativa de fazê-los voltar para Deus.

A médica Meire G. conta que sua mãe ficou abalada quando soube que ela é ateia. “Foi horrível, ela chorou muito e comentou algo como: ‘Filha, você é tão inteligente e não acredita em Deus!?” Hoje, diz, a sua mãe aceita que ela seja uma “sem religião”.

Ela só fala que é ateia se sentir que há abertura para tanto. “Não só por cuidado comigo, mas por respeito a outra pessoa”.

A família de J.J. ficou sabendo que ela é ateia pelo seu profile do Orkut há um ano. Ela diz que na época parentes passaram a considerá-la como uma adolescente revoltada e insensível. “Me ligaram para dizer que preciso ter fé em Deus e tentaram fazer com que minha mãe se sentisse culpada.” Hoje, não há pressões: a mãe dela se tornou agnóstica.

Lucas Micael, 21, se assumiu ateu há dois anos. No começo, a sua família teve dificuldade de compreendê-lo. A sua mãe achou que a descrença era um sintoma de depressão. “Ela chegou a dizer que eu não era filho dela.”

Macaco (é o apelido dele) também sofreu rejeição da então sua namorada, uma evangélica. “Eu virei a pior pessoa do mundo, e ela se livrou de mim. Usou argumento como o de que ateus são tolerantes com o homossexualismo.”

Hoje Micael não tem do que se queixar. Entre seus amigos houve quem também se revelasse descrente.

Nem todos os ateus se sentem discriminados – ainda que sejam de maneira sutil. Esse é o caso de Eder Araújo Pinheiro da Silva. Mas ele se irrita com pessoas que deixam subentendido que “Deus ainda vai abrir os seus olhos” ou que “quando você cair doente vai clamar por Deus e aí poderá ser tarde”. Para Silva, tal arrogância é pior do que a discriminação explícita.

Costumava-se dizer que os ateus brasileiros são tão poucos, que caberiam em uma Kombi e sobrariam lugares.

Talvez fosse o caso de se afirmar agora que os ateus já lotam dezenas de kombis. Eles são dezenas de milhares (não dá para quantificá-los porque as estatísticas não são confiáveis).

eder Mas agora talvez existam outros como Eder da Silva (foto), que diz não ter mais paciência para esconder as suas convicções.

Ele escreve: “Sinto grande vontade de gritar para as pessoas que, diferentemente do que pensam, deus não é e nunca foi uma unanimidade e que a vida é possível após a religião”.




Fonte: PAULO LOPES WEBLOG

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Se somarmos o nosso grito ao do Eder, certamente formaremos um belo coral, pois já somos muitos os que se revelam, sem medo.

Aliás, quem tem muito medo, de "Deus", do "Diabo", é quem tem rabo preso. Quem não deve, não teme. Ademais, porque temer o que não existe?

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